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O Oasis foi apresentado em 1994 como a salvação do rock britânico que havia perdido muito destaque para o grunge de Seattle. O álbum de estréia Be here now era de fato um achado, com boas letras, melodias inspiradas e influências e referências à nata do rock britânico como T. Rex, Bowie, Pistols e, principalmente, Beatles. O álbum seguinte era tão inspirado quanto e a banda firmou-se como a maior do rock britânico da década de 90. Hoje, após uma seqüência de altos e baixos e tendo sido alçada precocemente à categoria de dinossauro, a banda lança Dig out your soul, seu sétimo álbum de estúdio e o que se pode dizer é que os irmãos Gallager parecem ter descansado sobre os louros do megaestrelato e feito um disco no automático, sem entusiasmo, sem garra, apenas para colocar um produto nas prateleiras e não serem esquecidos. Não, não se trata de um disco ruim, mas faltou aquela pegada típica que se via até mesmo em trabalhos recentes como no regular Heathen chemestry de 2002 e no bom Don’t believe the truth de 2005. Faixas como The turning, a beatlesque waiting for the rapture, shock of light têm um certo vigor, embora você tenha a sensação de que já as ouviu em algum outro disco da banda. De resto é café requentado, mais do mesmo da banda mais megalômana do rock britânico recente.