Sunday, December 19, 2004

Rock n'Roll is dead?

Quantas vezes já não ouvimos essa morte anunciada?
Nos final dos anos setenta disseram que o rock tinha morrido, vieram os Sex Pistols e balançaram as estruturas e ainda abriram caminho para outras bandas como The Clash, Buzzcocks, Stiffy Little Fingers e outras:estava criado o movimento Punk.
Nos anos oitenta mais uma vez anunciaram a morte do gênero mulato cooptado pelos brancos. Nessa época, a cena britânica fervilhava com bandas como The Cure, The Smiths, Echo and the Bunnymen, na ilha vizinha, o U2 e do outro lado do atlântico, a qualidade do que era feito era muito inferior, era o metal farofa do Motley Crüe, Twisted Sisters, o Kiss sem máscara(sem dúvida sua pior fase), do Poison, mas ainda assim a popularidade do gênero estava assegurada nas terras Yankees.
Os anos noventa se iniciaram com o rock já dado como morto, e eis que surge o nirvana, a cena de Seattle e o Brit pop do Oásis e Blur, ambos em suas melhores formas e ainda o t.rexiano Suede e o pulp, autor de um dos melhores discos da década passada, different classes e correndo por fora dos rótulos o Radiohead, híbrido de Smiths e Pink Floyd fase Syd Barret que uniu corações e mentes na reta final da década.
Agora nesse início de século vinte e um,o assunto volta à tona, só que desta vez não houve contestação.Estamos na metade da década e ainda não surgiu nenhuma banda ou artista iconoclasta, nenhum movimento surgiu.Claro, bandas interessantes continuam surgindo , como White Stripes, Strokes, Libertines, The Hives, Franz Ferdinand, mas será que daqui a vinte e cinco anos serão lembradas como símbolo de uma época? Não resta dúvidas a respeito de sua qualidade, mas poder-se-ão considerar marcantes? Resumindo será que agora o rock finalmente morreu?
Claro que não, enquanto houver moleques comprando instrumentos de terceira mão e ensaiando em uma garagem a longevidade do rock estará assegurada, contudo, a tendência é uma escassez de fenômenos, até por que aos cinqüenta anos ninguém tem mais fôlego de gato, com isso, dificilmente teremos uma nova Beatlemania, mas tudo parece se encaminhar para que o rock se torne uma confraria, a exemplo do jazz, do samba de raiz, da musica erudita e do blues, ou seja, reduto para entendidos e entusiastas, não para meros seguidores de modismos. O rock pode estar morrendo como fenômeno de massa, mas como gênero, ainda tem muito o que gastar.Long live rock!!!

Pois é, falei tão mal dos Estados Unidos que a impressão que dá é que eu sou um daqueles anti-americanistas ferrenhos, que defendem o comunismo, gritam “viva Cuba!” e ando com camisa vermelha do Che Guevara.nada disso, nem na época da faculdade eu era assim.Quem me conhece sabe que pelo contrário, eu sou um anglófilo de marca maior, eu apenas tenho o que todo ser humano saudável deveria ter:senso crítico.
Seria injusto dizer que a América não tem coisas boas a nos oferecer, e como tem, tanto que minha primeira viagem para o exterior foi justamente para lá. A exemplo de Nick Hornby, decidi fazer uma lista de exemplos tácitos que mostram que a América apesar de toda a escrotice é uma grande nação.
1.O movimento Beatnic
2.O blues, o Jazz e o Rock
3.Stanley Kubrick(sim ele é yankee, só se radicou na Inglaterra já maduro)
4.Contra cultura de San Francisco dos anos 60
5.Jimmy Hendrix
6.Velvet Underground
7.Miles Davis
8.Ernest Hemingway
9.J.D.Sallinger
10.O CBGB’s
11.O grande cinema
12.Francis Ford Coppola
13.the Doors
14.Quentin Tarantino
15.Michael Moore
16.R.E.M
17.Dead Kennedys
18.T.S.Eliot
19.Billie Holiday
20.A constituição(é praticamente a mesma há mais de duzentos anos, enquanto a nossa tem só dezesseis e já ta cheia de emenda) Não que isso os redima das atrocidades que cometem mas que alivia a barr

Company March

Com a vitória de Bush, já sabemos que sua política externa belicista continuará, mesmo se Colin Powell e Donald Rumsfeld realmente forem substituídos no segundo mandato. E a vítima todos já desconfiam qual possa ser:o Irã.Não só pelas suspeitas de abrigar terroristas e possuir arsenal nuclear, mas também porque até hoje eles ainda não engoliram o fracassado plano de reconstruir a democracia iraniana e se o fizerem, certamente transformarão o país em mais um atoleiro, como o que está ocorrendo no Iraque.
No final dos anos setenta, o Irã possuía um governo “democrático” financiado pelos Estados Unidos, era o Xá Reza Palev que como todo governante sustentado pelo tio Sam, era corrupto e adotava todas as medidas possíveis para manter o país atrasado, porém fazendo com que a crença de que viviam em uma sociedade justa e livre fosse mantida.
A farsa não durou muito, a população se sentindo lesada, promoveu uma revolução muçulmana e trouxeram de volta o Aiatolá Komehini de volta do exílio em Paris para que fosse restituído o regime dos aiatolás.
Os E.U.A obviamente não gostaram nem um pouco daquilo e organizaram um contra-golpe a exemplo do que foi feito na Nicarágua, os Irã contra. Não deu certo. A saída foi apelar para o vizinho Iraque, cujo chefe de Estado Saddam Husseim via com receio àquela revolução xiita que podia se alastrar pelos seus domínios de população igualmente xiita mas de governo sunita.com isso o governo Reagan tratou de enviar armas e cash para que Saddam invadisse o Iraque e acabasse com a balbúrdia promovendo uma guerra de muçulmanos contra muçulmanos onde no fim a vitória seria da América, inclusive dessa época, há uma foto que hoje parece irônica:Donald Rumsfeld, atual secretário de defesa que na época integrava a equipe do governo Reagan como secretário de Estado, apertando a mão de Saddam Husseim como dois camaradas.A previsão era que em dois anos Teerã já estivesse tomada, mas não foi bem o que aconteceu. Após oito anos de conflitos, ambos os países estavam em frangalhos e não houve vencedores. O Irã se manteve sob o regime dos aiatolás e o Iraque se viu enfraquecido e da mesma forma que o Afeganistão(que contou com a preciosa ajuda dos E.U.A para combater os russos e de quebra criaram Osama Bin Laden), não recebeu qualquer tipo de ajuda para se restruturar.Olhando para todas aquelas armas, Saddam pensou: “já sei como sairei da pindaíba” e tratou de invadir o Kwait. O resto da história a gente já sabe, assim como sabemos como acabará uma possível intervenção no Irã.Deus abençoe a América.

César Monteiro