Sunday, November 23, 2008

MAIS DO MESMO


O Oasis foi apresentado em 1994 como a salvação do rock britânico que havia perdido muito destaque para o grunge de Seattle. O álbum de estréia Be here now era de fato um achado, com boas letras, melodias inspiradas e influências e referências à nata do rock britânico como T. Rex, Bowie, Pistols e, principalmente, Beatles. O álbum seguinte era tão inspirado quanto e a banda firmou-se como a maior do rock britânico da década de 90. Hoje, após uma seqüência de altos e baixos e tendo sido alçada precocemente à categoria de dinossauro, a banda lança Dig out your soul, seu sétimo álbum de estúdio e o que se pode dizer é que os irmãos Gallager parecem ter descansado sobre os louros do megaestrelato e feito um disco no automático, sem entusiasmo, sem garra, apenas para colocar um produto nas prateleiras e não serem esquecidos. Não, não se trata de um disco ruim, mas faltou aquela pegada típica que se via até mesmo em trabalhos recentes como no regular Heathen chemestry de 2002 e no bom Don’t believe the truth de 2005. Faixas como The turning, a beatlesque waiting for the rapture, shock of light têm um certo vigor, embora você tenha a sensação de que já as ouviu em algum outro disco da banda. De resto é café requentado, mais do mesmo da banda mais megalômana do rock britânico recente.

Monday, November 17, 2008


Depois de sete anos sem visitar os trópicos, o R.E.M voltou ao Brasil na última semana para realizar uma pequena turnê e o que se viu foi um show impecável, com uma banda madura e com pleno domínio de cena. Baseado no último álbum do grupo Accelerate, o show fez um apanhado na carreira de quase trinta anos dos quais os primeiros oito foram apreciados apenas pelo público alternativo universitário (as chamadas college rádios). Michael Stipes, Mike Mills e Peter Buck, devido ao tempo de ofício acumularam um novelo de hits, mas ainda assim prestigiaram o último (e ótimo) disco, cujas músicas foram calorosamente acompanhadas pela platéia, principalmente a faixa de abertura Living well is the best revenge escolhida para ser boi de piranha nos shows da turnê e man sized wreath_ essa é a parte boa da era digital, como todos podem ter acesso ao disco na rede, é fácil chegar no show com as músicas novas na ponta da língua, sem aquele ar de “ai, vamos aturar mais uma chata” que rolava até alguns anos atrás. Das mais antigas a preferência se deu para as dos últimos quinze anos, com exceção de The one I Love e a raridade Driver 8. Claro que Losing my religion, everybody hurts, drive e imitation of life não poderiam faltar, e levaram o público ao delírio. Não podia faltar também discurso político do engajado Stipe que mostrou seu entusiasmo com a eleição de Barack Obama para presidente de seu país dias antes, com direito a corinho da platéia (O-ba-maaa, O-ba-maaa) provando que o futuro inquilino da Casa Branca é realmente popular além das fronteiras do Tio Sam. Logo após o discurso, a última música, Man on the moon cantada em uníssono pelo público e a torcida para que eles não levem mais sete anos para voltar.
Quem tiver sky, ou tva digital se liga no canal vh1 que é a versão madura da mtv e já existe lá fora há muito tempo, mas só agora chegou por aqui. Lembro que quando fui a Nova York vi um doc do Who que nunca mais vi de novo e no dia seguinte um do Doors que mostrava o Jim Morrison com cinco anos de idade!!!! Tudo bem que eles exageram na dose de clipes dos anos 80 no segmento destinado aos clássicos, mas pelo menos passa clipe quase o tempo todo ao contrário da rival. E por falar nela, já que o canal principal há muito tempo não dedica sua grade integral aos videos, também entrou no line up das tvs por assinatura a mtv hits, canal americano que passa videoclipe 24 horas sem comercial nem apresentação de vj! É pra se esbaldar