Sunday, June 18, 2006

O último dragão






Dia desses parei para rever O ultimo dragão, aquele do Bruce Leroy. Claro, já tinha visto algumas vezes na Globo, mas no original e sem comerciais nunca vi, então decidi perder duas horinhas do meu dia para conferir (não adianta, cinéfilo se liga nesses detalhes, mesmo quando se trata de uma tranqueira como essa). Clássico da Temperatura máxima dirigido por Michael Shultz, Barry Gordy’s The last dragon (no original) é uma produção de 1985 da Motown, a lendária gravadora que alçou as Supremes, os Jackson Five e outros artistas negros ao estrelato nos anos 60. O filme é uma mistura um tanto esdrúxula de artes marciais e musical bem ao estilo da década de 80, com números musicais insertos de forma não muito coesa, por vezes forçada, mais ou menos semelhante a Xanadu, só que bem mais divertido, é claro e por ter o elenco majoritariamente negro, foi considerados por muitos como um blaxploitation, erroneamente, pois ao contrário dos blaxxx a violência aqui é branda e não nenhuma cena de sexo.
A história pra lá de absurda versa sobre o jovem Leroy Green Jr.(Taimak, canastríssimo) que de tão fanático por Bruce Lee é conhecido como Bruce leroy e no fim do treinamento ganha um amuleto de seu mestre para ser entregue ao mestre que ele deverá descobrir em Nova York. Paralelo a isso, o inescrupuloso produtor musical Eddie Arcadian tenta de todas as formas raptar a estrela gatíssima de um programa de vídeo clipe Laura Charles (a atriz canadense, ex-modelo e principal vocalista do grupo feminino Vanity 6) com objetivo de forçá-la a lançar o clipe de sua esposa aspirante a cantora, desprovida de talento e com um visual muito semelhante ao de Cindy Lauper, não deixando-nos esquecer que estamos no anos 80. E tome bordoada para salvar a mocinha que, claro, se apaixona pelo herói. Há também no caminho de Leroy, o encrenqueiro Sho’ Nuff que se auto-intitula o Shogum do Harlem (“quem é o mestre” lembram?) que quer a todo custo desafiar Leroy para um duelo, uma vez que este é apontado como o único capaz de derrotá-lo. Cumprindo sua Jornada, Leroy adquirirá o poder do brilho que rende no final do filme uma das cenas mais trash da história do cinema, quando Leroy é envolto por uma aura azul e Sho Nuff por uma aura vermelha e do impacto dos golpes saem raios de luz coloridos (!!!!!!!!!!!!).
Vale lembrar também que o filme parece ter datado rápido. Quando passou na tv pela primeira vez apenas cinco anos depois de ser produzido já parecia bem velho, talvez por não retratar uma década, mas um período: aquilo é 1985/6 demais, roupas, cabelos, músicas, etc. Engraçado é ver Ernie Hayes Jr., o pequeno mestre fazendo uma participação e William H. Macy numa rápida aparição como um membro da equipe de produção do programa de Laura. Outras curiosidades que andei colhendo:
O ator Julius Carry, que faz o Sho'nuff, não sabia lutar artes marciais antes do filme. E continuou sem saber durante o filme! O que ele fazia era imitar gestos dos lutadores e os golpes, mas ele não lutava nadinha! Só nas últimas cenas o dublê dele foi mais requisitado. De resto, ele só precisou de "panca" (procure esta palavra no filme... bem anos 80 por aqui)
Já o protagonista Taimak (Bruce Leroy) sabia (e sabe) lutar muito bem. Porém ele não sabia atuar! Assim, o diretor Michael Schultz e outros membros da equipe de produção se revezavam para ensiná-lo. Quando um deles se cansava, outro entrava no lugar
Na apresentação de Sho'nuff, no cinema, um garoto fala que tem alguém mais poderoso que o Shogun. O garoto chama-se Brandon Schultz, filho do diretor Michael Schultz.
O roteirista Louis Venosta escreveu todo o roteiro do filme no computador, algo inovador na época. Os produtores do filme, depois de analisar o roteiro, disseram que precisariam cortar cerca de 2 milhões de dólares do orçamento, e que o roteiro teria que ser modificado. O diretor e o roteirista ficaram de madrugada no computador mexendo no roteiro. Num dos turnos, o diretor estava no micro e o roteirista estava dormindo. De repente PUMBA! o diretor aperta o "botão mágico" DEL. E lá se foram 40 páginas do roteiro! Pelo menos, o problema foi resolvido.
O "Sétimo Céu", onde a Laura Charles (Vanity) faz o seu programa, tinha telas de verdade para exibir os clipes. Todos, por sinal, da Motown, produtora do filme, que pertencia ao Quincy Jones, ex-empresário de Michael Jackson. Foi um dos primeiros filmes a usar o recurso dos telões em um estúdio.
Os filmes do Bruce Lee que passam durante o filme chamam-se "A Fúria" (Fists of Fury), "ConexãoChinesa"(Chinese Connection), e o último filme dele, "Operação Dragão" (Enter the Dragon), que foi exibido em agosto de 1973, um mês depois da morte de Bruce, e 12 anos antes de "O último dragão".
Numa das cenas em que Sho'nuff vai conhecer a academia onde Leroy dá aulas de artes marciais, ele diz: "Beije o meu tênis". Em inglês ficou algo como "Kiss my Converse". O que raios é "Converse"? Visite o site deles e descubra: http://www.converse.com. Uma dica: "All Star, it's all".
Este filme bem que poderia se chamar "O tigre e o dragão". Por que? Bruce Leroy representaria o "dragão", ou um seguidor do dragão. Já Sho'nuff é um seguidor do tigre. Durante o filme procure referências sobre os dois animais e você vai encontrar Leroy e Sho'nuff
O último trabalho de grande reconhecimento de Taimak foi como coreógrafo dos movimentos de artes marciais dos shows de Madonna na turnê Drownning tour.

Monday, June 12, 2006

O que falar de The Clash? Vai aqui a letra de uma música que para mim é uma das mais belas do álbum London Calling
Card Cheat
There's a solitary man crying, "Hold me."
It's only because he's a-lonely
If the keeper of time runs slowly
He won't be alive for long!
If he only had time to tell of all of the things he planned
With a card up his sleeve, what would he achieve?
It means nothing!

To the opium den and the barroom gin
In the Belmont chair playing violins
The gambler's face cracks into a grin
As he lays down the king of spades
But the dealer just stares
There's something wrong here, he thinks
The gambler is seized and forced to his knees
And shot dead

He only wanted more timeAway from the darkest door
But his luck it gave in
As the dawn light crept in
And he lay on the floor
From the Hundred Year War to the Crimea
With a lance and a musket and a Roman spear
To all of the men who have stood with no fearIn the service of the King
Before you met your fate be sure you
Did not forsake your lover
May not be around anymore

AUTOBOTS- transformar


A quem possa interessar essa é a primeira imagem oficial da versão cinematográfica dos Transformers (aqueles brinquedinhos que fizeram a cabeça da molecada nos anos 80 e viraram desenho, lembram?). O filme será dirigido pelo diretor de aluguel de Jerry Bruckheimer Michael Bay. As credenciais não me animam nem um pouco...

Ouviram do Ipiranga às margens plácidas...



Não há mais como escapar: hoje só se fala em copa do mundo. Faltando algumas horas para a entrada da seleção canarinho em campo, aumenta o ritmo dos preparativos, a bandeira nacional pode ser vista em toda a parte desde carros e ônibus a repartições públicas e comércio popular, sem falar é claro nas ruas decoradas para receber a festa na grande hora. É público e notório para quem me conhece a minha reticência em relação a toda essa mobilização feita em torno do evento, é válido, porém, avaliar os fatores intrínsecos deste fenômeno de massa.
As glórias do futebol acabam funcionando como uma compensação ideológica para o nosso patente fracasso sócio-econômico. O futebol é o Brasil que deu certo, que funciona, que é respeitado no mundo inteiro como grande potência. È o único momento em que somos vistos internacionalmente como sinônimo de eficiência, daí o surto patriótico que toma conta do povo nesse período, coisa que em alguns países como Estados Unidos é comum nos 365 dias do ano.
Mas claro, nem tudo é patriotismo, também há a festa, a alegria (histeria?) coletiva, o pretexto para umas boas doses de cerveja e para esquecer dos problemas que afligem o país e impedem que a ordem e progresso transcendam as linhas do estádio de futebol e assim se forma o ciclo vicioso: escapismo que gera alienação que alimenta o escapismo. Mas depois da copa temos as eleições e veremos se a mobilização e seriedade se repetirão de forma que o próximo mundial seja acompanhado em um âmbito de fato propício para festa.


O canal Cinemax(TVA/Direct TV) está exibindo a pérola Urgh! The music war. Trata-se de um filme de 1981 que registra o seminal evento de música que ocorreu simultaneamente em Nova York, Londres e Los Angeles e conta com os maiores expoentes do rock da época entre bandas estabelecidas como The Police e Dead Kennedys e emergentes como Echo and the Bunnymen e Go-Go’s. 25 anos depois, o filme é o retrato de um período e mostra toda a efervescência da cena pós-punk/new romantic daquele início dos anos 80, ah, sim e tem também aquele famigerado visual da época que vendo hoje é no mínimo esdrúxulo na maioria dos casos. É possível matar a saudade de Gary Numan, Joan Jett, Pere Ubu, Devo, Cramps, Gang of four e ver uma apresentação de um jovem Jools Holland. Programa imperdível para os amantes da boa música pop e ótima oportunidade para a nova geração conferir o som que influenciou bandas atuais como Killers, Franz Ferdinand, Kaiser Chiefs e Artic Monkeys

Thursday, May 25, 2006

Começou a temporada cinematográfica de verão nos E.U.A. Para quem não sabe essa é a época em que Hollywood mais fatura e as superproduções pululam todos os fins de semana com alto faturamento que muitas vezes cai mais da metade uma semana depois. A largada se dá oficialmente no fim de semana do memorial day (o feriadão da última segunda-feira do ano onde são lembrados os bravos soldados americanos “tan taran tan tan taaaan”) embora nos últimos anos tenha começado cada vez mais cedo, tem seu ponto alto no 4 de julho e se estende até o dia 7 de setembro, o dia do trabalho de lá. Mas esse ano a temporada começou minguada: Missão Impossível III não foge da mediocridade dos dois anteriores, Código Da Vinci obteve uma recepção fria da crítica(mas a bilheteria que é o que interessa foi boa; 77 milhões só no primeiro fim de semana nos States) e parece que X-men também decepciona, quem viu diz que suprimiram as questões existenciais e políticas dos anteriores em detrimento da ação e dos efeitos, ou seja, o diretor Bryan Singer e sua equipe fizeram falta, uma vez que se bandearam para o Superman Returns. Resta saber agora se o homem de aço vai valer o ingresso, a julgar pelo trailler parece que sim.
Não é por falar não, mas é assustadora a onipresença de Ronaldinho gaúcho! A cara dele está estampada em todos os lugares, de revistas à embalagens de biscoito e refrigerante. Às vezes tenho a impressão de que verei a cara dele ao abrir tampa da privada...

Friday, May 05, 2006


Acabo de assistir ao trailler definitivo de Superman returns (demorou a ser divulgado, não?) e as primeiras impressões são boas. Brandon Routh parece ter sido mesmo uma escolha acertada, é o mais próximo de Christopher Reeve que se pôde arranjar, principalmente como Clark Kent; Kevin Spacey como Lex Luthor dá a impressão de que roubará cada cena em que estiver, como o fez seu antecessor Gene Hackman. O único porém é a Lois Lane: escolheram uma menina muito nova( a atriz tem 24 anos), ainda mais se for levado em conta que a história se passa 6 anos após o sumiço do homem de aço e Lois tem um filho de 5 anos. Para o papel deveriam ter escolhido uma mulher de pelo menos trinta, aliás o próprio Super-Homem podia ser uns cinco anos mais velho, só que faz sentido pela ótica mercadológica, já que o filme tem o público jovem como alvo e a opção por um casal de protagonistas mais jovem teria o objetivo de gerar uma empatia maior com esse público, vide o sucesso de Peter Parker e Mary Jane. Agora é esperar até o lançamento daqui a um pouco mais de dois meses para conferir se Bryan Singer cumpriu com a promessa de intregar uma película à altura das duas primeiras da série.

ECOS DO PASSADO


Esqueça aquelas festas de flashback anos 80 que se proliferam como praga pela noite atual onde se toca apenas o que aconteceu de pior, mais constrangedor ou banal na década retrasada; se há algo que realmente vale a pena recordar daquela época são bandas como Echo and the Bunnymen, que se apresentou no último domingo para um público minguado (mil pessoas), porém emocionado, no Claro Hall no Rio de Janeiro. Quatro anos se passaram desde a última visita da banda ao Brasil e nesta quarta vez (terceira desde a retomada do grupo) o mítico show de 1987 continuou sendo a referência. Da formação original continuam o vocalista Ian McCulloch e o guitarrista Will Sergeant (o baterista Pete deFreitas morreu em um acidente de motocicleta em 1989 e o baixista Les Patinson pediu o boné logo após a primeira turnê de reunião da banda); entre os músicos de apoio a novidade é um guitarrista de base que deixa Sergeant mais a vontade para efeitos e firulas. No repertório o equilíbrio perfeito entre novidades do álbum de divulgação Sibéria e clássicos obrigatórios como Seven seas, Killing moon, Back of love, Bring on the dancing horses e Lips like sugar, essas acompanhadas em coro pelos fãs, além dos tradicionais covers onde fazem uma homenagem às suas influências como Roadhouse blues do The Doors, Walk on the wild side de Lou Reed e Don't let me down dos conterrâneos Beatles. O clima sombrio também foi mantido, com muitos efeitos de fumaça onde muitas vezes só se vê as silhuetas dos músicos e hoje, cá entre nós não só compõe uma atmosfera como não deixa tão evidente as marcas do (muito) tempo dos homens coelhos, já notavelmente rechonchudos. A comparação com as duas noites no Canecão há 19 anos é inevitável; claro que aqueles shows não foram superados por este, é covardia, há de se levar em conta que a banda estava no seu auge, com a formação original e contava com o frescor despojamento de uma banda que ainda nem completara dez anos de carreira. Porém, isso não desmerece a apresentação de 2006 que apesar de curta (uma hora e quarenta) e pouco vista foi impecável e sem aquele gosto meio ruim de café requentado característico dos revivals.
Set List
1. "Going Up" (Crocodiles) 2. "Show of Strength" (Heaven Up Here) 3. "Stormy Weather" (Siberia) 4. "Dancing horses" (Pretty in Pink Soundtrack e Songs to Learn and Sing compilation) 5. "The Disease" (Heaven Up Here) 6. "Scissors in the Sand" (Siberia) 7. "All That Jazz" (Crocodiles) 8. "Back of Love" (Porcupine) 9. "Killing Moon" (Ocean Rain) 10. "In the Margins" (Siberia) 11. "Never Stop" (single) 12. "Villiers Terrace" (Crocodiles) 13. "Of A Life" (Siberia) 14. "Rescue" (Crocodiles) 15. "The Cutter" (Porcupine)
Bis 1. "Nothing Lasts Forever" (Evergreen) 2. "Lips like Sugar" (Echo & The Bunnymen) 3. "Ocean rain" (Ocean Rain)

Tuesday, March 21, 2006

O shaman da guitarra abençoado por São Sebastião

Quem foi à apoteose sabado conferiu um dos shows mais virtuosos que já passaram por aqui. Todos os adjetivos atribuídos ao mexicano não são meras hipérboles, é inacreditável o que ele é capaz de fazer com o instrumento. Garanto que muito moleque levado pelo pai (tava um climão família) deve ter se matriculado em escola de guitarra na segunda-feira. Os deuses da guitarra devem ter aberto um largo sorriso.

Friday, March 10, 2006

A certa altura da cerimônia do Oscar (bem menos chata do que a do ano passado em minha opinião) o presidente da Academia veio em nome da indústria quase implorarando para o público não esperar o lançamento dos filmes em DVD, incentivando todos a irem às salas de cinema, pois filmes são feitos para serem vistos na tela grande e nada se compara à experiência de se assistir a um filme na sala escura compartilhando esse momento litúrgico com pessoas desconhecidas. Assim como na Grammy onde já há alguns anos um membro representante da indústria fonográfica vem pedir (em vão) que as pessoas não baixem música da internet ilegalmente, o Oscar também está servindo de palanque para os apelos desesperados da indústria cinematográfica que já começa a temer por uma perda de ganhos tão retumbante quanto à da primeira. Não é de hoje que as vendas de DVDs superam e muito as bilheterias dos cinemas, tanto que filmes que decepcionam nas bilheterias esperam ansiosamente pelo lançamento em DVD para recuperar seus lucros e os que tiveram boa arrecadação procuram caprichar na versão home vídeo para aumentar ainda mais os ganhos. Estima-se que atualmente o aluguel e venda de DVDs respondam por praticamente metade dos lucros de um filme. Até por que, deve-se levar em conta que o DVD criou no espectador comum um hábito que na época do VHS era restrito a cinéfilos, colecionar filmes e não somente alugar e devolver. Eu concordo com o chairman da academia, filmes são para se ver na tela grande, há filmes que simplesmente não cabem numa tv (só se for uma dessas de plasma de 40, 50’’, mas aí esbarra-se no fator$$$).Mas cá pra nós, a experiência de se ir ao cinema vem sendo bastante vilipendiada, já que “as pessoas desconhecidas” não desligam os celulares quando começa o filme e falam durante a projeção sem a menor cerimônia. Antes eu buscava refúgio nos cinemas de arte para evitar esse tipo de infortúnio, mas até neles eu já tive esse tipo de aborrecimento ultimamente. A verdade é que o público que vai aos cinemas está cada vez mais mal educado, independente de classe social e aí não há magia do cinema que resista. Mas se os executivos de Hollywood ainda não se deram conta é que a queda das bilheterias de 2005 não se deve ao DVD e sim à falta de filmes com chamariz ao grande público.

Tuesday, February 28, 2006



Leonard Cohen é sem dúvidas um dos mais importantes compositores da música pop aglo-saxônica do final dos anos 60 e adentrou os 70 e 80. Este canadense de Montreal flertou com a folk music, a soul music, o pop e suas músicas românticas longe de ser piegas falavam sobre desilusão e desamparo (que a bem da verdade são a verdadeira tônica das paixões). A curiosidade é que Cohen é extremamente popular na Polônia, e dizem, mais do que Michael Jackson. Essa é a letra de uma música tirada do disco The future de 1992.

Closing time
Ah we're drinking and we're dancing
and the band is really happening
and the Johnny Walker wisdom running high
And my very sweet companion
she's the Angel of Compassion
she's rubbing half the world against her thigh
And every drinker every dancer
lifts a happy face to thank her
the fiddler fiddles something so sublime
all the women tear their blouses off
and the men they dance on the polka-dots
and it's partner found,
it's partner lost and it's hell to pay when the fiddler stops:
it's CLOSING TIME
Yeah the women tear their blouses off
and the men they dance on the polka-dots
and it's partner found, it's partner lost
and it's hell to pay when the fiddler stops:
it's CLOSING TIME
Ah we're lonely, we're romantic
and the cider's laced with acid
and the Holy Spirit's crying, "Where's the beef?"
And the moon is swimming naked
and the summer night is fragrant
with a mighty expectation of relief
So we struggle and we stagger
down the snakes and up the ladder
to the tower where the blessed hours chime
and I swear it happened just like this:
a sigh, a cry, a hungry kiss
the Gates of Love they budged an inch
I can't say much has happened since
but CLOSING TIME
I swear it happened just like this:
a sigh, a cry, a hungry kiss
the Gates of Love they budged an inch
I can't say much has happened since
CLOSING TIME
I loved you for your beauty
but that doesn't make a fool of me:
you were in it for your beauty too
and I loved you for your body
there's a voice that sounds like God to me
declaring, declaring, declaring that your body's really you
And I loved you when our love was blessed
and I love you now there's nothing left
but sorrow and a sense of overtime
and I missed you since the place got wrecked
And I just don't care what happens next
looks like freedom but it feels like death
it's something in between, I guess
it's CLOSING TIME
Yeah I missed you since the place got wrecked
By the winds of change and the weeds of sex
looks like freedom but it feels like death
it's something in between, I guess
it's CLOSING TIME
Yeah we're drinking and we're dancing
but there's nothing really happening
and the place is dead as Heaven on a Saturday night
And my very close companion
gets me fumbling gets me laughing
she's a hundred but she's wearing
something tight
and I lift my glass to the Awful Truth
which you can't reveal to the Ears of Youth
except to say it isn't worth a dime
And the whole damn place goes crazy twice
and it's once for the devil and once for Christ
but the Boss don't like these dizzy heights
we're busted in the blinding lights, busted in the blinding lights
of CLOSING TIME
The whole damn place goes crazy twice
and it's once for the devil and once for Christ
but the Boss don't like these dizzy heights
we're busted in the blinding lights,
busted in the blinding lights
of CLOSING TIME
Oh the women tear their blouses off
and the men they dance on the polka-dots
It's CLOSING TIME
And it's partner found, it's partner lost
and it's hell to pay when the fiddler stops
It's CLOSING TIME
I swear it happened just like this:
a sigh, a cry, a hungry kiss
It's CLOSING TIME
The Gates of Love they budged an inch
I can't say much has happened since
But CLOSING TIME
I loved you when our love was blessed
I love you now there's nothing left
But CLOSING TIME
I miss you since the place got wrecked
By the winds of change and the weeds of sex.
É carnaval, mas daqui a 5 dias vem o Oscar e por incrível que pareça, é possível fazer uma analogia entre os quesitos julgadores das escolas com as categorias do Oscar. Vejam:

Samba-enredo- canção original
Enredo- roteiro
Alegorias e adereços- direção de arte
Fantasia- figurino
Bateria- som
Harmonia- montagem sonora
Conjunto- montagem
Mestre sala e porta bandeira- melhor ator/atriz

Faz sentido...

Friday, February 24, 2006

Foram dois shows históricos, mas o fato de no U2 não teve área vip na frente do palco e o público era quase todo formado por fãs de verdade (e não neguinho que foi lá só por que era de gratis ou pela propaganda massiva da globo) fez toda a diferença.

MENINOS EU VI


Eu vi com estes olhos que a terra há de comer: U2 ao vivo na sua melhor forma, como eu já tinha perdido as esperanças de ver. A turnê passada que foi a volta da banda aos bons sons, depois do patético flerte com a música eletrônica em pop, não passou pelo Brasil e essa também não incluía o pais na rota, até que como por um milagre a América latina surgiu no roteiro para o inicio deste ano. Quem ficou horas na fila ou ficou com tendinite de tanto ligar para a ticketronic (como eu) foi recompensado com um dos melhores shows que já passaram pelo Brasil. E de lambuja assistiu como banda de abertura a sensação do rock atual, pena que o som estava baixo a luz fraca e o campo de ação limitado, afinal eram a banda de abertura, mas foi um show furioso que mostoru por que eles são considerados os Strokes escoceses. Depois de muita espera, ecoa no potente sistema de som a música Wake up do Arcade fire, que abre as apresentações do U2 nessa turnê, os que já sabiam começam a berrar, o telão começa a reproduzir efeitos e surge The Edge, Larry Mullen, Adam Clayton e finalmente Bono executando City of blinding lights, o Morumbi vai abaixo. Bono diz em português que o show da noite anterior foi exibido para todo o país, mas esse seria nossa festinha particular. A platéia parecia mais empolgada do que no dia anterior o que deve ter conagiado a banda que fez um show ainda melhor. Tanto clássicos como new year’s day e Sunday bloody Sunday quanto novidades como Vertigo e Elevation foram cantadas em uníssono pela platéia. Claro, não faltou discurso político, inclusive foi parar no palco uma camisa na qual estava escrito “Bono for president”. Discurso de incentivo e fé no Brasil e na América latina também. Mas o que fez desse um show perfeito foi justamente essa junção de rock política, farra e consciência. A banda estava tocando com ma fúria empolgação e garra que não se via desde o início dos anos 90 e Bono esbanjando carisma, brincando com o público e regendo a enorme massa com uma maestria ímpar o que o coloca junto com Mick Jagger na categoria de vocalistas com magnetismo impar ainda vivos. Houve alterações (pra melhor) no set list em relação ao dia anterior: Stuck in a moment do álbum All that you can’t leave behind foi substituída pela raridade The first time do antológico Zooropa e 40 ficou de fora e em seu lugar entraram All I want is you e Love rescue me. Na noite de terça também teve fãs no palco, mas não rolou clima romântico, uma subiu no meio de Desire depois de ser perguntada por Bono se sabia tocar guitarra e a outra no final de The Fly que ficou se agitando no meio do palco onde ficou até Mystirious ways. Em With or without you ele cantou sozinho e depois desceu para perto do público. E todo o aparato tecnológico foi uma atração a parte, com dois telões de alta definição nas extremidades superiores e um videodrome gigantesco onde se projetavam efeitos e imagens. Foi de longe o melhor show do U2 em anos e anos luz a frente do que a banda fez na primeira vez que veio ao Brasil. Inesquecível.

Monday, February 20, 2006

O MAIOR ESPETÁCULO DA TERRA

Tudo era superlativo: a maior banda de rock do planeta, tocando para o maior público da história do rock. As chances das expectativas serem de alguma forma frustradas eram tão grandes quanto. Não foi o que aconteceu em Copacabana Rio de Janeiro, 18 de fevereiro de 2006. Quem esteve lá foi testemunha ocular de um capítulo da história da música pop do nosso tempo. Ao contrário dos prognósticos negativos tudo correu bem, parece que os organizadores aprenderam a lição com o desastroso show de Lenny Kravitz, onde não houve qualquer preocupação com organização e muito menos segurança. Mas para receber um evento da grandiosidade do que ocorreu na noite de sábado, foi montado todo um esquema que se por um lado atrapalhou a vida dos moradores da cidade que não estão nem aí para rock n’roll, por outro não provocou o caos que se esperava quando o show foi confirmado.
O Rio teve uma espécie de segundo Reveillon, era possível ver os apartamentos da orla com janelas cheias, enfeites e clima de festa. Eram os sortudos moradores do lugar que transformaram suas casas em camarotes. Já nas areias, ouvia-se sotaques de várias partes do Brasil e do mundo, sem contar com os ambulantes, que a princípio seriam proibidos de circular pela área (como se fosse possível controlar isso), faturavam alto. O homem que me vendeu uma Coca Cola logo após a apresentação era todo sorrisos.
Os trabalhos começaram com o grupo Afro Reggae que até foi bem recebido pelos roqueiros. Os Titãs fizeram um show redondinho, próprio para um show de abertura, mas foi muito prejudicado pelo som; logo no inicio da apresentação o microfone de Branco Mello falhava na música Flores e a platéia foi bastante camarada cantando a letra a plenos pulmões em solidariedade ao vocalista. Mas o melhor ainda estava por vir.
Pontualmente às 21:45 surge no telão uma animação com vários efeitos especiais simulando um big bang que inspirou o título do disco em divulgação. E a banda entra detonando logo de cara um de seus principais sucessos Jumping Jack Flash, afinal uma banda com tantos anos e tantos hits pode se dar ao luxo de entrar gastando a artilharia pesada. Em seguida, o clássico que traduz oi espírito da banda até hoje, It’s Only rock and roll, nessa hora o telão exibia uma colagem de imagens de toda a carreira da banda. A primeira parte do show foi um mix de músicas novas e recentes, como oh no not you again, rain fall down e you’ve got me rocking e clássicos como Tumbling Dice, Wild horses e a antológica interpretação de midnight rambler o bluesaço do álbum Let it Bleed. Mick Jagger mostrou-se o entertainer carismático de sempre, falando em português, puxando coros, apostando na política de jogar para a platéia. Talvez sentindo a frieza da polêmica área VIP (que só devia conhecer Satisfaction e Start me up) se dirigiu exclusivamente à grande massa e sempre dava um jeito de correr pela passarela para sentir um pouquinho de calor do povo. Grata surpresa da noite foi a execução de Night time is the right time de Ray Charles onde a vocalista Lisa Fischer (com eles desde a Voodoo lounge) deu um verdadeiro show, simplesmente de arrepiar. Depois das apresentações da banda veio o já tradicional set de Keith Richards enquanto Mick vai beber uma agüinha e descansar. O guitarrista tocou This place is empty do novo álbum e a clássica Happy.O inicio do show foi irretocável, mas um tanto “certinho”, a frieza do gargarejo reservado aos grobais ,ex-bbbs e outras criaturas mais preocupadas em ver e serem vistas, a magnitude do evento em si e a preocupação em sair tudo perfeito já que o show estava sendo transmitido ao vivo pelo rádio e internet para E.U.A, Canadá e México pesaram, mas nada que comprometesse a qualidade.
Mas foi na segunda parte do show que o bicho realmente pegou: através do palco móvel a banda foi pro meio do povo onde foi recebida calorosamente ao som de Miss you e em seguida a ultima da noite tirada do disco novo, o rockão rough justice. Ainda no meio da massa, detonaram a furiosa Get off of my cloud e Honky tonk women. O show poderia acabar aí...mas ainda teve Sympathy for the devil, Start me up cantada em uníssono, Brown sugar, You can’t allways get what you want com coro da multidão de e o gran finale com Satisfaction (nessa até quem não era fã pulou e cantou). A banda estava afiada, até Ron Wood tocou bem e os quatro vovôs do rock mostraram que apesar da idade que já avança, eles ainda têm energia de sobra. Uma noite histórica, quem viu vai contar pras gerações futuras. Foi o rock de primeira dando o grito de carnaval no Rio de Janeiro. As pedras ainda não deram sinais de criar limo.


PS: por que Luciana Gimenez ta aí “toda toda” posando de primeira dama se Jagger já falou pra quem quisesse ouvir que o caso dele com a cacho...modelo-e-apresentadora foi um erro?

Wednesday, February 15, 2006

U2 DISCO A DISCO















Há 28 anos atrás o Jovem Larry Mullen Jr colocou num mural de uma escola secundária de Dublin Irlanda um anuncio convocando vocalista guitarrista e baixista para formar uma banda de rock. Paul Hewsen, Dave Evans e Adam Clayton atenderam ao chamado para as respectivas funções e formaram a banda Feedback. Segundo parentes e vizinhos o som, geralmente tirado na cozinha de Larry, era desastroso. Em 1978 já sob o nome de U2, a banda grava seu primeiro ep U23 e o resto é história. Paul Hewsen (Bono), Dave (the Edge) Evans Adam Clayton e Larry Mullen se tornaram o maior grupo de rock da década de 80 e um dos maiores ainda em atividade junto com os Stones. Aqui acompanharemos a trajetória da banda através de seus discos.




Boy (1980)- O debut da banda é um disco essencialmente influenciado pelo punk e a new wave. O U2 aqui se encontra com uma energia juvenil e um clima bastante descompromissado. Guitarras com forte pegada, melodias bem engendradas e a segura produção de Steve Lillywhite assegurou este disco entre os melhores da década. Boy traz as clássicas I will follow, Eletric co

October (1981)- Ainda sob as mesmas influências do anterior, o U2 não decepciona no teste do segundo álbum. Destaque para a bela clássica Gloria

War (1983)- É o Green card do U2. Com este álbum a banda estoura nos E.U.A . É também um disco de transição da fase pós-punk para a fase messiânica. Aqui a face engajada que passará a ser a marca registrada do grupo começa a se desenhar. New year’s day era uma critica à lei marcial polonesa decretada depois da dissolução do partido solidariedade, que fazia manifestações nas ruas pedindo liberdade de expressão e condições de trabalho descentes, e prisão de seu líder Lech Walensa. Logo após o lançamento do single a lei foi revogada. Além de New year’s day outro clássico da banda (senão o maior de todos) é a bela Sunday bloody Sunday, que lembra o episódio do domingo sangrento. Ficou marcada por sua inconfundível bateria marcial. Esse disco rendeu uma turnê pela Europa e Estados Unidos que foi registrada no ótimo ao vivo Under a blood red sky

The unforgettable fire (1985)- Não há mais resquícios de pos-punk neste álbum. Batizado com o nome da exposição em Chicago para qual o U2 doou o cenário da turnê de 1983, o disco é o inicio da fase messiânica e do fascínio pelas coisas da América característica que se tornará mais evidente nos próximos dois discos. O disco abre com a pungente A sort of homecoming e traz clássicos como Pride, Bad, além da faixa titulo. A belíssima Promenade também merece destaque.

The Joshua Tree (1987)- O multipremiado álbum é o ponto alto da fase messiânica. Perfeito do inicio ao fim é o mais belo disco do U2, o reconhecimento do público e da critica não foram em vão. Apesar de ter quase todo seu lado A tocado a exaustão nas fms é impossível enjoar de musicas tão marcantes como Where th streets have no name, I still haven’t found what i’m looking for, with or without you e bullet the blue sky. Porém seu lado B também é de arrasar, com destaque para Running to stand still, Red hill minnig town e in God’s country.

Rattle and hum (1988)- O U2 agora é uma megabanda. E toda megabanda precisa de um megaprojeto para se auto afirmar certo (basta lembrar de the Wall)? O projeto Rattle and Rum englobava disco e filme. O disco era uma parte canções inéditas e outra parte covers e sucessos da banda ao vivo tirados da turnê Joshua Tree. Já o filme dirigido por Phil Juanou cumpre a missão de mostrar uma banda no auge do sucesso em ação. É aqui que o deslumbramento com a América se torna mais exacerbado: parceria com B.B.King, chapéus de caubói, influencias do folk. A superesposição nessa época foi tanta que depois do ultimo show da turnê que se emendou na Joshua Tree (a lovetown cujo fim se deu num show iniciado à meia noite do dia 31 dezembro de 89 para 1 de janeiro de 90) achou-se que se tratava de uma despedida. Mas era apenas uma retirada estratégica para não desgastar a imagem do grupo. Uma nova fase da banda estava prestes a se iniciar.

Achtung baby (1991)- “O U2 vai gravar um disco dance!” Foi o boato que correu em 1991 quando anunciaram que o U2 daria uma guinada diferente em sua carreira. Certamente vazaram comentários de influências eletrônicas e dançantes no álbum que foram interpretadas precipitadamente como dance music. Na verdade Achtung baby é um disco de fato que inicia a fase experimental do U2, mas essencialmente rock n’ roll: the fly é basicamente distorções e guitarras altas; Untll the end of the world mostra como the Edge evoluiu de um guitarrista básico para um artesão do instrumento; who’s gonna ride your wild horses é o U2 de sempre. Claro, Zôo station, faixa que inicia os trabalhos causa estranheza na primeira ouvida, Mistyrious ways é um flerte com a world music, mas o que importa aqui é o fim do deslumbramento com a América e surgimento de uma banda mais audaciosa.

Zooropa (1993)- Composto durante a turnê de promoção de Achtung Baby, Zooropa é o ponto alto da fase experimental do U2. Artisticamente é o mais rico e nesse há um claro flerte com a música eletrônica, a música Lemon. Mas há lugar, é claro, para canções que remetem ao estilo da banda como Stay(faraway so close) e baby face (que até lembra um pouco With or without you).

Pop (1997)- Agora sim , o U2 gravou um disco quase dance...e não agradou. Não que seja de todo ruim, há bons momentos como Stairing at the sun, Mofo e Last night on earth, mas o que incomoda aqui é que a banda está tentando se auto afirmar, mostrando que não envelheceu e está antenada com as novidades. É o mais fraco da banda.

All that you can’t leave behind (2000)- É um processo natural: banda começa a envelhecer, se recusa a aceitar o fato e lança um disco seguindo uma tendência “muderna” como uma forma de mostrar que ainda tem combustível para queimar. Depois a banda cai em si, percebe que um dia ela criou uma tendência ao invés de seguir uma tendência, e com o endosso dos fãs ela retoma as raízes. All that you can’t leave behind é justamente isso, a volta às raízes passada a estranheza do album anterior. Não se compara a Boy ou Joshua Tree, mas é um bom e inspirado disco de uma banda que sabe que não vai mais revolucionar nada, mas o que não impede de continuar fazendo bons trabalhos. Destaque para a faixa de trabalho Beautiful day e não estourada Wild honey

How to dismantle an atomic bomb (2004)- O melhor desde Zooropa. Melodias bem azeitadas, rocks básicos e diretos, é sem dúvida o disco mais rock que o U2 gravou nos últimos anos. A banda aqui continua apostando na fórmula do time que está ganhando em não mexe no esquema tático adotado no álbum anterior. Destaques são a tocante Sometimes you can make it on your on (feita para o pai de Bono falecido em 2001) e City of blinding lights, que remete ao álbum The Unforgetteble fire

GET LIVE IF YOU WANT

Sabe aquela máxima “quem sabe faz ao vivo”? Aplica-se perfeitamente aos Rolling Stones. Assim como o The Who, os Stones têm verdadeira simbiose com palco/platéia/amplificadores. Aproveitando da vinda da banda no próximo dia 18, resolvi fazer uma análise de seus registros ao vivo

Get live if you want (cd/1966)- Tirado da turnê de 1965, mostra a banda no frescor do início da carreira, tocando em lugares pequenos e esfumaçados. Quase que dá para sentir o calor da platéia durante a audição. Pena que a gravação seja tão precária, porém alguns consideram isso um charme.








Rock and roll circus (cd-dvd/1968)- Durante 28 anos este registro ficou no limbo, alguns colecionadores possuíam cópias piratas, mas em 1996 foi lançado em cd e vhs e traz a apresentação da banda para a tv britanica que na verdade era uma reunião das maiores bandas da época ciceroneada pelos Stones. Jethro Tull, Taj Mahal, the Who com sua opereta pré-Tommy A quick one while he is away, Yoko ono (o momento em que Yoko assume os vocais quase estraga a festa), Marianne faithfull e ainda um número com um verdadeiro Dream Team do rock batizado de Dirty Mac, banda improvisada por John Lennon, Keith Richards, Mitch Mitchell (baterista do Jimmy Hendrix) e Eric Clapton. A apresentação dos Stones traz musicas de seu recém lançado Beggar’s Banquet numa performance incendiária










Stones in the park (dvd/1969)- Show que a banda deu no Hyde Park em memória de Brian Jones, morto dias antes. A apresentação gratuita já estava agendada, mas com a morte do guitarrista, ganhou novo sentido.




Get yer ya ya’s out (cd/1970)- Considerado o melhor disco ao vivo de todos os tempos junto com Live at Leeds do Who, este aqui cobre a apresentação da banda no Madison Square Garden em Nova York em 1969. No auge da forma e criatividade a banda detona hits com energia como Jumping Jack Flash, Sympathy for the devil, Street fighting man e outros. Obrigatório.




Gimme Shelter (dvd/1971)- Além de trazer imagens filmadas do show que saiu no disco de 1970, o documentário também mostra o trágico show de Altamont de 1969. O festival era uma espécie de resposta ao Woodstock , já que a banda não fora escalada para o lendário festival, resolveram fazer seu próprio do outro lado do país. Porém, a paz e o amor pregados no norte do estado de Nova York passaram longe do deserto da Califórnia. Na apresentação dos donos da festa, que desde o início se mostrava tensa, focos de briga pipocavam até que um rapaz foi morto a facada por um dos Hell’s Angels que foram contratados para fazer a segurança do evento, ou seja, era o mesmo que usar gasolina para apagar o fogo. É o registro do fim da era flower power e há quem diga que marca também o fim dos anos 60. A seqüência do helicóptero da banda deixando o local como o último helicóptero americano saindo de Saigon tomada pela milícias Vietcong é aflitiva e ao mesmo tempo de uma plasticidade insofismável.

Love you live (cd/1977)- Ao vivo duplo (triplo em vinil) gravado da turnê americana do disco Black and Blue de 1976. É o estágio embrionário das grandes turnês que eles fazem até hoje.



Still Live/Let’s spend the night together(cd e dvd/1982)- Disco e video da turnê do album Tatoo you e inaugura a fase dos megashows da banda.



Flashpoint/Live at Max(cd e dvd/1991)- Flashpoint é um disco ao vivo tirado da perna européia da turnê Steel Weels chamada de Urban Jungle. Conta com participação especial de Eric Clapton e traz de bônus duas musicas inéditas: sex drive e high wire. Bem poderia ser duplo, mas quem quiser um registro em cd mais completo da turnê deve correr atrás da caixa pirata Live at Atlantic City 89. Já Live at Max é a versão em vídeo onde se pode ver todo o gigantismo da turnê que até então foi a mais cara de todos os tempos.


Live at Miami(dvd/1994)-Esse aqui é o video oficial da turnê Voodoo Lounge, a primeira que passou pelo Brasil, mas aqui é a versão compactada do show. Para quem quer ter um registro na integra da turnê deve recorrer a alguma fita com o show do Rio transmitido pela Globo (apesar dos comentários infelizes de Mauricio Kubrusly) ou tentar adquirir um dos vários cds piratas que saíram da turnê (hoje achar em lojas é difícil, mas internet tá aí pra isso).

Stripped(cd 1995)- No meio da megaturnê Voodoo Lounge, os Rolling Stones tiveram a idéia de deixar de lado todo aquele aparato e partir para o básico: banquinho, violão guitarra acústica. A idéia era voltar um pouco a ser aquela bandinha sem-vergonha que tocava em lugares apertados e empoeirados. Traz a inédita versão do grupo para Like a rolling stone de Bob Dylan e a primeira tiragem vinha com faixa interativa para pc-cdrom (a grande novidade tecnológica da época).

Bridges to Babylon(dvd/1998)- Foi o primeiro show dos Rolling Stones a ser lançado originalmente em dvd, já que todos os outros até foram lançados em vhs e convertidos para o formato posteriormente.É a apresentação de Saint Louis em 1997, bem parecida com a que passou pelo Brasil em abril de 98, porém sem a canja de Bob Dylan em Like a rolling stone. Esse encontro histórico é só para quem gravou da Globo.

No Security(cd/1999)- Os Rolling Stones emendaram a Bridges to Babylon tour nessa turnê intitulada como No Security tour. Além de ter uma estrutura de palco bem mais simples, tinha um repertório de musicas não muito executadas em shows da banda. Mas em disco o resultado é burocrático.

Four Flicks (dvd/2003)- Caixa de dvds da turnê meio caça-níqueis de 2002/2003 a Licks tour que comemorava os quarenta anos da banda. Um verdadeiro deleite para os fãs, a caixa que saiu no fim de 2003 traz um documentário, as três faces da turnê (que rolou em arenas, estádios e anfiteatros), extras, câmeras multi-ângulo, ou seja, como disse o critico do jornal britânico the Guardian “é material para manter os fãs ocupados até o natal seguinte”.

Live Licks(cd/2004)-versão em áudio e compactada do conteúdo de Four Flicks. Levando-se em conta o alto preço da caixa ( em média R$230,00, alto mesmo para uma caixa quádrupla) o cd duplo é um bom consolo para quem não teve bala na agulha para adquirir os discos de dvd.