Thursday, May 25, 2006

Começou a temporada cinematográfica de verão nos E.U.A. Para quem não sabe essa é a época em que Hollywood mais fatura e as superproduções pululam todos os fins de semana com alto faturamento que muitas vezes cai mais da metade uma semana depois. A largada se dá oficialmente no fim de semana do memorial day (o feriadão da última segunda-feira do ano onde são lembrados os bravos soldados americanos “tan taran tan tan taaaan”) embora nos últimos anos tenha começado cada vez mais cedo, tem seu ponto alto no 4 de julho e se estende até o dia 7 de setembro, o dia do trabalho de lá. Mas esse ano a temporada começou minguada: Missão Impossível III não foge da mediocridade dos dois anteriores, Código Da Vinci obteve uma recepção fria da crítica(mas a bilheteria que é o que interessa foi boa; 77 milhões só no primeiro fim de semana nos States) e parece que X-men também decepciona, quem viu diz que suprimiram as questões existenciais e políticas dos anteriores em detrimento da ação e dos efeitos, ou seja, o diretor Bryan Singer e sua equipe fizeram falta, uma vez que se bandearam para o Superman Returns. Resta saber agora se o homem de aço vai valer o ingresso, a julgar pelo trailler parece que sim.
Não é por falar não, mas é assustadora a onipresença de Ronaldinho gaúcho! A cara dele está estampada em todos os lugares, de revistas à embalagens de biscoito e refrigerante. Às vezes tenho a impressão de que verei a cara dele ao abrir tampa da privada...

Friday, May 05, 2006


Acabo de assistir ao trailler definitivo de Superman returns (demorou a ser divulgado, não?) e as primeiras impressões são boas. Brandon Routh parece ter sido mesmo uma escolha acertada, é o mais próximo de Christopher Reeve que se pôde arranjar, principalmente como Clark Kent; Kevin Spacey como Lex Luthor dá a impressão de que roubará cada cena em que estiver, como o fez seu antecessor Gene Hackman. O único porém é a Lois Lane: escolheram uma menina muito nova( a atriz tem 24 anos), ainda mais se for levado em conta que a história se passa 6 anos após o sumiço do homem de aço e Lois tem um filho de 5 anos. Para o papel deveriam ter escolhido uma mulher de pelo menos trinta, aliás o próprio Super-Homem podia ser uns cinco anos mais velho, só que faz sentido pela ótica mercadológica, já que o filme tem o público jovem como alvo e a opção por um casal de protagonistas mais jovem teria o objetivo de gerar uma empatia maior com esse público, vide o sucesso de Peter Parker e Mary Jane. Agora é esperar até o lançamento daqui a um pouco mais de dois meses para conferir se Bryan Singer cumpriu com a promessa de intregar uma película à altura das duas primeiras da série.

ECOS DO PASSADO


Esqueça aquelas festas de flashback anos 80 que se proliferam como praga pela noite atual onde se toca apenas o que aconteceu de pior, mais constrangedor ou banal na década retrasada; se há algo que realmente vale a pena recordar daquela época são bandas como Echo and the Bunnymen, que se apresentou no último domingo para um público minguado (mil pessoas), porém emocionado, no Claro Hall no Rio de Janeiro. Quatro anos se passaram desde a última visita da banda ao Brasil e nesta quarta vez (terceira desde a retomada do grupo) o mítico show de 1987 continuou sendo a referência. Da formação original continuam o vocalista Ian McCulloch e o guitarrista Will Sergeant (o baterista Pete deFreitas morreu em um acidente de motocicleta em 1989 e o baixista Les Patinson pediu o boné logo após a primeira turnê de reunião da banda); entre os músicos de apoio a novidade é um guitarrista de base que deixa Sergeant mais a vontade para efeitos e firulas. No repertório o equilíbrio perfeito entre novidades do álbum de divulgação Sibéria e clássicos obrigatórios como Seven seas, Killing moon, Back of love, Bring on the dancing horses e Lips like sugar, essas acompanhadas em coro pelos fãs, além dos tradicionais covers onde fazem uma homenagem às suas influências como Roadhouse blues do The Doors, Walk on the wild side de Lou Reed e Don't let me down dos conterrâneos Beatles. O clima sombrio também foi mantido, com muitos efeitos de fumaça onde muitas vezes só se vê as silhuetas dos músicos e hoje, cá entre nós não só compõe uma atmosfera como não deixa tão evidente as marcas do (muito) tempo dos homens coelhos, já notavelmente rechonchudos. A comparação com as duas noites no Canecão há 19 anos é inevitável; claro que aqueles shows não foram superados por este, é covardia, há de se levar em conta que a banda estava no seu auge, com a formação original e contava com o frescor despojamento de uma banda que ainda nem completara dez anos de carreira. Porém, isso não desmerece a apresentação de 2006 que apesar de curta (uma hora e quarenta) e pouco vista foi impecável e sem aquele gosto meio ruim de café requentado característico dos revivals.
Set List
1. "Going Up" (Crocodiles) 2. "Show of Strength" (Heaven Up Here) 3. "Stormy Weather" (Siberia) 4. "Dancing horses" (Pretty in Pink Soundtrack e Songs to Learn and Sing compilation) 5. "The Disease" (Heaven Up Here) 6. "Scissors in the Sand" (Siberia) 7. "All That Jazz" (Crocodiles) 8. "Back of Love" (Porcupine) 9. "Killing Moon" (Ocean Rain) 10. "In the Margins" (Siberia) 11. "Never Stop" (single) 12. "Villiers Terrace" (Crocodiles) 13. "Of A Life" (Siberia) 14. "Rescue" (Crocodiles) 15. "The Cutter" (Porcupine)
Bis 1. "Nothing Lasts Forever" (Evergreen) 2. "Lips like Sugar" (Echo & The Bunnymen) 3. "Ocean rain" (Ocean Rain)