Tuesday, April 21, 2009

Agora a indústria cinematográfica tem motivos para perder o sono de vez: com o vazamento da cópia de X men Origins-Wolverine, com efeitos especiais inacabados, mas qualidade de imagem decente, ficou provado como a tecnologia deixou o velho sistema de entretenimento vulnerável. Não é de hoje que é possível baixar álbuns inteiros (o que derrubou a indústria fonográfica) e filmes que acabaram de ser lançados, porém com qualidade sofrível, geralmente filmados da platéia. Agora, um filme inteiro, com boa qualidade de imagem um mês antes de seu lançamento é alarmante. Não vi a cópia, prefiro ver no cinema, com os efeitos especiais como devem ser vistos, mas muita gente prefere a comodidade à qualidade e é esse o público que a indústria perde para a internet e para o piratão de 5 real. Um público que prescinde da magia de adentrar uma sala de exibição e ser transportado para outro mundo, para eles basta um clique no mouse e tá ótimo. Certamente haverá prejuízo, tomemos como exemplo o maior fenômeno de pirataria do Brasil, o filme Tropa de elite de 2007: três meses antes de seu lançamento uma cópia pirata de qualidade quase perfeita circulava nos camelôs do Rio de Janeiro (o filme foi sucesso no país inteiro, mas foi fenômeno mesmo no Rio). A bilheteria foi boa, foram dois milhões de espectadores, mas o filme tinha potencial para mais, pelo menos duas vezes isso. Calcula-se que onze milhões de brasileiros assistiram ao filme em DVD pirata. Enquanto isso a indústria faz de tudo para convencer as pessoas de que cinema é a maior diversão, com salas com projeção digital, filmes em 3D (o número de lançamentos no formato não pára de crescer, sobretudo na área da animação) e lançamentos em DVD não muito posteriores à passagem pelo cinema, mas lutar contra piratas não é fácil, de nada adianta prender os donos do Pirate Bay se a cada momento surgem dezenas de novos sites onde se é possível baixar filmes.

Friday, April 17, 2009

Não é propaganda não (não tô levando nenhum por fora), mas a sorveteria Amarena que abriu em Copacabana na rua Barata Ribeiro, ao lado da Modern Sound, é sensacional! Os sorvetes são artesanais, de fabricação italiana e para que toma sorvete até no frio como eu, é obrigatório. Séria candidata a melhor sorveteria do Rio
Não me importo se me derem uma dessas no Natal




Não é a primeira vez que eu coloco uma letra de música do canadense Leonard Cohen. O poeta trovador que despontou no final da década de sessenta fala como ninguém sobre o mais contraditório dos sentimentos humanos. There ain't no cure for love, música do álbum I'm Your Man traduz isso perfeitamente


There Ain't No Cure For Love


I loved you for a long, long time

I know this love is real

It dont matter how it all went wrong

That dont change the way I feel

And I cant believe that times

Gonna heal this wound Im speaking of

There aint no cure,

There aint no cure,

There aint no cure for love.


Im aching for you baby

I cant pretend Im not

I need to see you naked

In your body and your thought

Ive got you like a habit

And Ill never get enough

There aint no cure,

There aint no cure,

There aint no cure for love


There aint no cure for love

There aint no cure for love

All the rocket ships are climbing through the sky

The holy books are open wide

The doctors working day and night

But theyll never ever find that cure for love

There aint no drink no drug

(ah tell them, angels)

Theres nothing pure enough to be a cure for love


I see you in the subwayand

I see you on the bus

I see you lying down with me,

I see you waking up

I see your hand, I see your hair

Your bracelets and your brush

And I call to you, I call to you

But I dont call soft enough

There aint no cure,

There aint no cure,

There aint no cure for love


I walked into this empty church I had no place else to go

When the sweetest voice I ever heard, whispered to my soul

I dont need to be forgiven for loving you so much

Its written in the scriptures

Its written there in blood

I even heard the angels declare it from above

There aint no cure,

There aint no cure,

There aint no cure for love


There aint no cure for love

There aint no cure for love

All the rocket ships are climbing through the sky

The holy books are open wide

The doctors working day and night

But theyll never ever find that cure,

That cure for love
Já perceberam que a MTV voltou a passar clipes? E que os programas que não são de clipes em sua maioria têm a ver com música? Isso é bom

Beatles




Serão lançados em setembro todos os discos dos Beatles com remasterização e encartes novos. Esses encartes trarão os textos e fotos originais do lançamento em vinil além de outras informações. Serão ao todo 14 discos (os dois volumes de Past Masters serão reunidos em um só disco) que poderão ser adquiridos em separado ou em um Box de luxo com toda a coleção. Pensando nos colecionadores será lançada ainda uma caixa com todos os 14 discos em mono. Particularmente espero que essa remasterização seja satisfatória, pois o catálogo vigente (que já tem vinte anos) não prima pela fidelidade, e olha que quem cuidou do trabalho foi o próprio produtor dos fab four George Martin. É torcer para que tenham feito com os Beatles o trabalho impecável de restauração que fizeram com os álbuns Stones no relançamento do catálogo da fase anos 60 da banda. Ainda sobre o quarteto de Liverpool, será lançado o game Rock Band com o repertório da banda, haverá inclusive uma versão especial que trará no pacote os instrumentos para os jogadores que serão as réplicas dos originais usados pelo quarteto como o baixo Hoffner de Sir Paul McCartney e o conjunto Ludwig de bateria. O kit sairá a 250 doletas lá fora, uma merreca para quem é fã ardoroso.

Thursday, April 16, 2009

U2 360

Foi anunciada a nova turnê do U2 para divulgação de No Line On The Horizon. O pontapé inicial será dado em Barcelona em Junho e depois de Europa a banda rodará os E.U.A até o final do ano quando a turnê dará uma pausa. Depois, já em 2010, mais datas que ainda não foram definidas incluindo Ásia e America Latina que deverá ser a última etapa da excursão. Essa deve ser a turnê mais cara da história e a mais ambiciosa da banda, o palco, já chamado de The Claw (A Garra) tem 360 graus garantindo boa visibilidade de qualquer âgulo do estádio e um sistema de som envolvente garantido por caixas de som dispostas em volta do palco além de subwoofers. Resta saber se essa turnê passará mesmo pelo Brasil, porque um projeto complexo como esse não certamente não cabe em qualquer buraco, espero que o Maraca ou pelo menos o Morumbi tenham condições de abrigar o show. Para ver uma simulação em 3d de como será o palco clique aqui http://360.u2.com/


Fui ao show do Kiss na semana passada e me diverti muito. O Kiss não tem mais tanto significado para mim como na adolescência, mas ainda tenho carinho pela banda. O quarteto nova-iorquino liderado por dois judeus (por isso é a banda mais marketeira do rock) não é para ser levado a sério, sua música não possui mensagens edificantes, letras para se refletir sobre, tampouco tem a intenção de revolucionar a cena musical contemporânea; é apenas rock n roll all night and party everyday, e cá entre nós, que mal tem isso? O show foi o circo que a banda sempre apresenta: pirotecnia, Gene Simmons cuspindo fogo, sangue, bateria levitando, fogos de artifício e muita presepada. Às 21 e 23 caiu a cortina preta com o logo da banda cobrindo o palco e no sistema de som estourou Won’t get fooled again do The Who, no momento do solo de bateria de Keith Moon perto do fim da musica houve acompanhamento direto do palco (não sei se era um roadie ou o próprio Peter Cris) que levou a platéia ansiosa ao delírio. Pontualmente às 21 e 30 veio a clássica frase que abre todos os shows do Kiss desde os primórdios da banda: You wanted the Best, so you’ve got the best, the hottest band in the world: Kiss. E em meio a fogos e explosões caiu a cortina ao som de Deuce, que foi seguida de Strutter. O repertório da primeira parte do show foi o mesmo do clássico disco ao vivo Alive (felizmente eles priorizaram a melhor fase do grupo, os anos 70 e deixaram a pavorosa fase 80 e 90 de fora) inclusive a ordem das músicas foi mantida. No meio do show a previsão da meteorologia infelizmente se confirmou e em Parasite começou uma chuva que apertou em She. Durante o solo de Tommy Thayer (o substituto de Ace Frehley), em que a guitarra dispara explosivos, a platéia já se encontrava totalmente encharcada, coube a Paul Stanley tentar fazer a platéia não esfriar, dizendo:´´temos que seguir, não nos importamos com a chuva.” Felizmente a água deu uma trégua, chuva só de papel picado em Rock n roll all nite, ponto alto da noite, que encerrou a primeira parte do show. A segunda parte que começou com Shout it out loud era um pequeno apanhado de clássicos posteriores à fase abrangida por Alive. Entraram inclusive duas dos anos 80 (talvez as únicas realmente boas dessa época): Lick it up, do disco homônimo de 1983, primeiro da banda sem máscara e I love it loud do Creatures Of The Night, o último mascarado, cuja turnê trouxe a banda pela primeira vez ao Brasil. Depois vieram I was made for loving you e o encerramento com Detroit the rock city. Love gun ficou de fora junto com a performance de Paul Stanley pendurado em um cabo sobre a platéia que teria sido cortada por causa da chuva, mas já estava tudo seco. Ficou sem explicação. Uma coisa notável no palco é o fato de os verdadeiros músicos serem o guitarrista e o baterista (já era assim na época de Ace e Peter, que eram até inferiores tecnicamente do que estes dois substitutos), cabendo aos dois fundadores fazer biquinho, saltitar, rebolar, agitar o público, fazer firulas, careta e apenas enrolar com seus respectivos instrumentos baixo e guitarra de base. O clima do público estava bem família, se outrora a banda era a inimiga número um dos pais, o que se viu na Praça da Apoteose foi vários pais levando seus filhos adolescentes e até mesmo crianças. Casais na casa dos trinta e jovens que sequer eram nascidos na época em que o quarteto visitou o Brasil pela primeira vez eram muito numerosos. Muitos fãs compareceram maquiados(algumas maquiagens fajutas não resistiram à chuva) e era interessante notar que as maquiagens de Demon (Gene) e Ace of space (Tommy) eram as preferidas dos meninos, já Star child (Paul) e Catman (Eric) eram as mais usadas pelas meninas. Circula uma história que depois da próxima turnê, que deverá ser no próximo ano, o Kiss vai trocar a sua formação para músicos jovens que serão substituídos de tempos em tempos tendo Gene e Paul como mentores e empresários. Mediante essa ameaça eu não poderia mesmo deixar de ir ao show.

Wednesday, April 15, 2009

O Vampire weekend foi uma das bandas mais legais que apareceram no ano passado, não é a salvação do rock (até a imprensa musical parece ter desistido de usar essa expressão para falar de alguma novidade), mas é um expoente da importante cena Brooklyn da qual fazem parte o National e o genial MGMT. O clipe da música Oxford Coma, todo feito em plano sequência é um achado e já consta entre os meus favoritos dessa década.
http://www.youtube.com/watch?v=P_i1xk07o4g

Wednesday, April 01, 2009

Dobradinhas


Shows de abertura servem apenas para aquecer o público enquanto espera a atração principal certo? Errado, muitas vezes o show de abertura só não é tão bom quanto o headliner devido à economia da luz e do som do palco, sempre reduzidos a um terço para as bandas de abertura. Mas cá entre nós há dobradinhas que ficaram históricas, como a do último dia 20 em que o público presente na Apoteose foi testemunha ocular do encontro dos pais da música eletrônica abrindo para a maior banda surgida nos últimos 15 anos, ou Bob Dylan abrindo para os Stones e em seguida dividindo o palco no show dos ingleses em Like a rolling stone (aquilo foi de arrepiar), o CBGB's circa 78 aportando em pleno Rio de Janeiro 2005 com a dobradinha Television e Elvis Costello, enfim, aqui vai a minha listinha:
.Jimmy Page & Robert Plant: Local- Apoteose (última edição do Hollywood Rock)
Ano- 1996
Show de abertura- Raimundos, Urge Overkill e Black Crowes
.Björk: Local- MAM (Free Jazz)
Ano- 1996
Show de abertura- 808 State
.Rolling Stones: local- Apoteose
Ano- 1998
Show de abertura- Cássia Eller e Bob Dylan
.Belle and Sebantien: Local- MAM (última edição do Free Jazz)
Ano-2001
Show de abertura- Grandaddy e Sigur Rós
.Elvis Costello: Local- MAM (TIM Festival)
Ano- 2005
Show de abertura- Television
.Pearl Jam: Local-Apoteose

Ano-2005

Show de abertura- Mudhoney

.U2: Local-Estádio do Morumbi
Ano-2006
Show de abertura- Franz Ferdinand
.Radiohead: Local-Apoteose
Ano-2009
Show de abertura: Los Heramnos e Kraftwerk