Monday, November 30, 2009




Primeiro, um segredo a sete chaves, depois um teaser trailer muito do sem graça, logo em seguida um trailer um pouco mais digno e agora uma enxurrada de imagens na rede além de tv spots e tal. Mas a verdade é que Avatar ainda não me convenceu. Tudo bem, no cinema, em 3D pode ser mesmo um espetáculo de tirar o fôlego, mas e a história? Esse é o problema. Luta dos mais avançados tecnologicamente contra primitivos pacíficos, quantas vezes não vimos isso? Um representante dos invasores aderindo a causa dos invadidos, aprendendo seus hábitos e cultura, quantas vezes não vimos isso? E até mesmo a concepção visual não me causou impacto algum, os Na vi que tinham seu visual mantido em segredo são humanóides azuis com cara de gato, algo comum em desenhos animados (Thundercats?), quadrinhos e até videogames. O planeta Pandora é um paraíso botânico, mais uma vez nenhuma novidade, ou seja, se James Cameron não tem nenhuma carta guardada na manga, periga Avatar entrar para história não como um filme revolucionário, mas sim como um abacaxi pretencioso como foi seu Segredo do abismo

Sunday, November 29, 2009



Quero agradecer aos deuses do cinema que iluminaram as cabeças da curadoria do cinema do CCBB para organizar a mostra O charme de Woody Allen, que acaba sua temporada no Rio de Janeiro e segue para São Paulo esta semana. Foi uma chance ímpar de conferir na telona em película pérolas como Annie Hall, Maridos e Esposas, Manhattan, A Rosa púrpura do Cairo, Crimes e pecados, entre outros. O último filme do cineasta não entusiasmou muito a crítica, mas e daí, ele já deu sua taxa de contribuição para o cinema, e a maior bobagem que ele filme dá de dez em noventa porcento da atual produção cinematográfica, sobretudo americana. Woody Allen faz cinema para adulto, não está nem aí para o box office, nunca veremos um filme seu em 3D, por exemplo. Assistir Annie Hall no cinema foi para mim lembrar que houve um tempo em que as plateias ainda não tinham sido infantilizadas e nem tinham seu intelecto subestimado, e que maravilha que ainda temos um Woody Allen vivo e atuante, por mais que ele nunca mais faça algo do nível de Annie ou Manhattan, é um alento em meio a um deserto de caça níqueis.