children of the revolution
Wednesday, September 10, 2014
Bill Murray gostaria de ver uma equipe feminina de Caça Fantasmas
Na montagem, Melissa McCarthy lidera o grupo |
Já pensou nos caça fantasmas como uma equipe feminina? Pois Bill Murray disse em entrevista ser favorável a uma versão feminina do grupo de caçadores de espectros e outros fenômenos paranormais, um rumor que correu recentemente pela rede."Eu assistiria a esse filme. Acho uma ótima ideia, até melhor que muitas outras! Há várias mulheres que se encaixariam no papel. Eu não sei quem eles estão cogitando, mas é uma boa ideia" disse ele. "Melissa McCarthy seria uma ótima caça-fantasma. E Kristen Wiig é muito engraçada. Eu gosto muito daquela garota, Linda Cardellini. E Emma Stone também é ótima. Existem muitas garotas engraçadas por aí." completou.Infelizmente a presença do Dr. Peter Venkman no novo longa da franquia é cada vez mais remota, segundo o próprio diretor dos dois anteriores, Ivan Reitman. "De vez em quando ele [Murray] diria: 'Seria ótimo fazer outro filme se eu encontrasse um roteiro ótimo o bastante', mas em sua mente e seu coração, eu não acho que exista realmente vontade".
Monday, November 30, 2009
Primeiro, um segredo a sete chaves, depois um teaser trailer muito do sem graça, logo em seguida um trailer um pouco mais digno e agora uma enxurrada de imagens na rede além de tv spots e tal. Mas a verdade é que Avatar ainda não me convenceu. Tudo bem, no cinema, em 3D pode ser mesmo um espetáculo de tirar o fôlego, mas e a história? Esse é o problema. Luta dos mais avançados tecnologicamente contra primitivos pacíficos, quantas vezes não vimos isso? Um representante dos invasores aderindo a causa dos invadidos, aprendendo seus hábitos e cultura, quantas vezes não vimos isso? E até mesmo a concepção visual não me causou impacto algum, os Na vi que tinham seu visual mantido em segredo são humanóides azuis com cara de gato, algo comum em desenhos animados (Thundercats?), quadrinhos e até videogames. O planeta Pandora é um paraíso botânico, mais uma vez nenhuma novidade, ou seja, se James Cameron não tem nenhuma carta guardada na manga, periga Avatar entrar para história não como um filme revolucionário, mas sim como um abacaxi pretencioso como foi seu Segredo do abismo
Sunday, November 29, 2009
Quero agradecer aos deuses do cinema que iluminaram as cabeças da curadoria do cinema do CCBB para organizar a mostra O charme de Woody Allen, que acaba sua temporada no Rio de Janeiro e segue para São Paulo esta semana. Foi uma chance ímpar de conferir na telona em película pérolas como Annie Hall, Maridos e Esposas, Manhattan, A Rosa púrpura do Cairo, Crimes e pecados, entre outros. O último filme do cineasta não entusiasmou muito a crítica, mas e daí, ele já deu sua taxa de contribuição para o cinema, e a maior bobagem que ele filme dá de dez em noventa porcento da atual produção cinematográfica, sobretudo americana. Woody Allen faz cinema para adulto, não está nem aí para o box office, nunca veremos um filme seu em 3D, por exemplo. Assistir Annie Hall no cinema foi para mim lembrar que houve um tempo em que as plateias ainda não tinham sido infantilizadas e nem tinham seu intelecto subestimado, e que maravilha que ainda temos um Woody Allen vivo e atuante, por mais que ele nunca mais faça algo do nível de Annie ou Manhattan, é um alento em meio a um deserto de caça níqueis.
Tuesday, September 29, 2009
Começou a anual maratona cinematográfica que já se consagrou como a mais importante do país, o Festival do Rio. A edição de 2009 ao menos para mim é a mais fraca em muito tempo, os melhores filmes da mostra já estão com exibição garantida para logo, mas claro que há gratas surpresas como a exibição de A Hora Da Estrela no Odeon sexta-feira dia 2. Ontem, no mesmo Odeon houve a exibição de Sérgio, Um brasileiro no mundo, da mostra Brasil do outro (que mostra filmes estrangeiros que tenham como tema algo relacionado à nossa terra), com presença do cineasta Greg Barker. Ele fez um documentário informativo e ao mesmo tempo emotivo sem ser piegas ou sensacionalista e ao final foi brindado com uma salva de palmas. Festival do Rio sem furo não é Festival do Rio, assim sendo a tão prometida vinda de Quentin Tarantino para a exibição em primeira mão em território brasileiro de seu novo filme Bastardos Inglórios, que seria o ponto alto do festival, não vai mais acontecer. O cultuado cineasta americano cancelou sua vinda à cidade maravilhosa devido a cansaço causado pela turnê promocional do filme pelo mundo. Mas cá entre nós eu não estava levando muita fé na vinda do Tarantino, pois como macaco velho de festival que sou, estou acostumado a ouvir promessas de vinda de Gus Van Sant, Ang Lee, Lars Von Trier, Spike Lee e no fim das contas todos furam, vem uns atores coadjuvantes e olhe lá. Mas com o início do festival e as incessantes confirmações da vinda do cineasta cofesso que estava ficando animado. Agora a sessão de gala marcada para o Odeon na Quarta Feira dia 7 de Outubro perderá muito da relevância, até porque o filme estria dia 9. Os novos de Pedro Almodovar e Park Chan Wook também serão exibidos, todos com distribuição garantida ainda para esse ano. A grande falta para mim é a ausência de Whatever Works, último trabalho de Woody Allen.
Monday, July 20, 2009
Fase Setentista Dos Stones Remasterizada
Saíram as versões remasterizadas dos álbuns dos anos 70 dos Stones. Os lançamentos não serão de uma só vez, na primeira fornada que já está nas lojas saiu o Espetacular Sticky Finger de 71, o ótimo Black And Blue de 76, o mergulho da banda na música negra e os medianos Goats Head Soup de 73 e It's Only Rock N Roll de 74. Os anos dourados da banda já haviam sido lançados em cd numa remasterização caprichada em 2002, comemorando os 40 anos da banda. Agora são remasterizados os álbuns da fase em que a banda não mais enfrentava a rivalidade com os Beatles e era chamada de a maior do mundo. A verdade é que eles lançaram apenas dois discos geniais naquela década, o já citado Sticky Finger e o Exile On Main Street de 72, considerado a obra prima da banda cujo relançamento remasterizado se dará no fim do ano isoladamente dos outros e em edição de luxo (meu cofrinho...). De resto ficou entre o bom e o medíocre, mas no fim tudo era pretexto para sair em turnês, que nessa época começaram a tomar uma proporção cada vez maior, já que o palco é o lugar em que eles sempre foram imbatíveis. Me decepcionou um pouco o fato de não vir uma embalagem especial, nem o Sticky Finger veio com aquela capinha com o zíper da calça de verdade. Os discos vêm na convencional e ordinária caixinha de plástico mesmo. Cada álbum estará disponível também em versão digital
Michael Morto Vivo
Incrível como Michael Jackson está valendo mais morto do que vivo. Se nos últimos anos de vida ele amargava fracasos de venda, quase nenhuma execução nas rádios e ainda era motivo de piada por suas excentricidades e suspeita de pedofilia, agora está no topo das paradas, Thriller toca em tudo quanto é lugar, até mês passado a música estava restrita às festas anos 80, agora eu ouvi até em festa junina. Os camelôs do centro do Rio vendem cds e dvds piratas como água gelada no deserto ao meio dia em ponto, sempre há um clipe passando em alguma loja de departamento. Será que foi preciso o cara morrer para que se desse conta de que ele foi uma das maiores referências da cultura de massa do último século, um artista completo, carismático, talentoso e isso, escândalo nem decadência artística algum apaga. Não importa que seus últimos três discos foram verdadeiras bombas, a sua contribuição para a música pop já havia sido dada. E não adianta, nenhum Usher, Chris Brown ou Justin Timberlake vai substituí-lo. Quem viu viu.
Mônica Montone sacode o Cinematheque
O U2 iniciou no último dia 30 uma megaturnê que rodará o mundo, com um gigantesco palco de 360 graus que só cabe em grandes arenas. O espetáculo é impressionante, mas quem os viu no início de carreira nos pubs de Temple Bar, famosa rua boêmia de Dublin não esquece daqueles shows cheios de energia e distorção dos instrumentos e sabe que presenciou um momento histórico. O mesmo pode-se dizer de quem assistiu aos primeiros shows dos Rolling Stones em pubs colocando gente pelo ladrão em Londres, também tem muita história para contar quem viu o The Who ainda como High Numbers, tocando em um hotel. Não posso me esquecer da galera do CBGB'S(Ramones, Blondie, Talking Heads), da geração circo voador(Paralamas, Blitz, Barão), todos os exemplos citados ilustram o momento de suma relevância que é o de um artista iniciando. Na estreia o artista está ali, exposto ao que vier, dando a cara a tapa, se entregando, cheio de ira, tesão, ansia de gritar e ser ouvido. Quem assistiu ao show lançamento do cd de Mônica Montone no último dia 8 no Cinematheque no Rio de Janeiro viu tudo isso. Vestida com um vestido longo e branco(o vestido de noiva da mãe como ela confessaria depois), Mônica entrou em campo com o jogo ganho, pois a maior parte do público fazia parte do seu séquito de seguidores fiéis, leitores do seu blog fina flor, do livro Mulher De Minutos e já conheciam boa parte do repertório. Esbanjando carisma e amparada por uma banda afiadíssima encabeçada pelo poeta Claufe Rodrigues, Monica começou o show com Sartre De Banda, que também abre o disco. Sob os gritos de “diva”e “maravilhosa”, agradeceu a presença de todos e introduziu a música de trabalho, que já está tocando na rádio, Cidade Dos Sonhos cantada em uníssono pelo público(o solo de guitarra do final é um show à parte). Marinheiros, a terceira do show e uma das melhores do disco, foi composta depois de um exaustivo dia de ensaio, quando ela chegou em casa e a estrutura já estava toda finalizada por Claufe e logo nasceu a letra. Mônica não escondia a imensa realização de estar ali, lembrando que aos oito anos de idade usava aquele mesmo vestido para fazer shows para uma plateia formada por Barbies e ursinhos de pelúcia. Houve também cover de Raul Seixas para ninguém gritar “toca Raul”, Medo Da Chuva ganhou um incendiário ritmo de bolero, e, aproveitando o clima, emendou Te Amo De Amor, o bolero rock do disco. Show de Mônica Montone sem que seja declamado um poema estaria incompleto (até porque trata-se de um casal de poetas no palco), o poema Eu Não Sei Dizer Eu Te Amo serviu de abertura para a faixa inspirada no livro da cantora. Mulher de minutos foi o ponto alto do show, tocada de forma furiosa, com uma performance de Mônica que lembrou aquele Mick Jagger endemoniado em Sympathy For The Devil do show Rock n Roll Circus de 1968(aquele com os Stones ciceroneando alguns dos maiores nomes do rock britânico da época). Para aqueles que estavam tristes por não ver sequer uma nesga daqueles pernões que encantaram meio mundo na peça Apocalipse Segundo Domingos Oliveira, um presente: Mônica trocou o vestido em pleno palco durante a música(usava um belo conjuntinho top e shortinho pretos, algo como uma lingerie chic) por outro todo preto. Dando sequência ao segmento furioso ela detonou as mulheres mal comidas em Eu tenho pena (onde ela diz: “eu tenho pena das mulheres que não gozam”), e convocou o público para gritar a plenos pulmões “Puta Que Pariu” para tudo que nos irrita ou atrasa a nossa vida, em PQP. Depois de tanta agressividade, Claufe veio amenizar o clima com o poema O Dono Do Tempo. A festa já se aproximava do fim e Arnaldo Brandão, padrinho artístico de Mônica, foi chamado ao palco para tocar Escreva sua história, música do disco em que participa na guitarra e voz e na sequência seus dois grandes hits em parceria com artistas consagrados dos anos 80: Radio Blá (parceria com Lobão) e O tempo Não Pára (parceria com Cazuza). Claro que Mônica não podia ir embora sem bis, o público que não arredava pé foi brindado com mais uma dose de seus três principais números, Sartre De Banda, Cidade Dos Sonhos e Mulher De Minutos. E assim nasce uma estrela, um alento depois de uma década de mediocridade no cenário musical brasileiro, depois do show de Mônica Montone a impressão que fica é que a atitude e a poesia dos anos 80 voltaram, e, espero eu, que para sempre.
Sunday, June 28, 2009
No filme Simonal, Ninguém Sabe O Duro Que Dei, dirigido pelo Casseta Claudio Manuel (o Seu Creysson) não fica muito claro se afinal ele foi um coitado ou um traidor. O tom do documentário é muito mais em prol da causa do cantor do que investigativo, no sentido de apurar todos os detalhes de uma das histórias mais controversas da música popular brasileira. Entre os depoimentos há os pró (a maioria) os em cima do muro (como o Ziraldo) e os contra (apenas o contador que teria sido seqüestrado pelo DOPS a mando de Simonal). O que se pode depreender dali é que todos têm um lado bacana e outro bem filho da puta. Simonal aprontou algumas, mas aliado da ditadura? Se assim fosse ele teria sido cooptado e teria sua imagem ainda mais massificada, não teria implodido daquele jeito. A verdade é que no Brasil daquela época os negros eram classificados em dois grupos: Preto Si Sinhô e Preto Tu (também conhecido como Preto Oba). O Preto Si Sinhô era tolerado, era o Pai Tomaz, representava a figura do bom escravo, subserviente, que sabia o seu lugar mesmo que tivesse ascendido na vida. Era o caso do Pelé, do Jair Rodrigues. Já o Preto Tu, ah, esse era insolente, metido a besta, folgado, não sabia o seu lugar. Esse ninguém tolerava. Era o Simonal. O cara vendia mais do que Roberto Carlos, levava multidões a ginásios, era muito para um crioulo. Daí, quando a classe artística passou a vê-lo como traidor, a elite branca a favor da ditadura também não tomou partido e deixou aquele neguinho se foder, foi isso. Agora, foi engraçado nos anos noventa no Jô Onze e meia (ainda no SBT) ver Simonal em sua campanha para limpar sua imagem, campanha essa que durou toda a década, e ao final da entrevista justificou sua fama de dedo duro entregando o fato de a apresentação dos artistas no final do programa era gravada antes e não ocorria no na sequência logo após a conversa do entrevistado. Graças ao Simonal, o Jô hoje nem esconde mais, joga a atração ali no telão, sem fingimento e pronto.
Fim da era das lojas de discos
O fim da Virgin Megastore em Nova York me entristeceu profundamente, não apenas por saber que quando eu voltar lá terei menos um lugar para visitar, mas porque representa o fim de uma era. As lojas de disco estão acabando, é uma fechando atrás da outra numa velocidade tamanha que talvez daqui a cinco anos, ou menos, nem existam mais. Aqui no Rio há dez anos deviam existir umas 20 lojas de disco no centro da cidade, hoje eu conto três (sendo que uma é só de usados). Claro, as formas de se consumir música vão mudando com o tempo: no século XIX a pessoa teria que ter um piano em casa (ou violino, ou o que fosse), ter alguém que soubesse tocar, claro, e comprar a partitura em uma loja especializada, onde também se vendiam instrumentos. Com o advento da indústria fonográfica, já não era mais necessário possuir instrumentos ou saber tocar, bastava uma vitrola e um disco de vinil, que depois evoluiu para o cassete que não substituiu, apenas houve um convívio pacifico, até chegar o cd que aposentou os bolachões. Todas essas formas de se consumir música eram feitas mediante pagamento, agora em pleno século XXI você tem a alternativa de não pagar nada, apenas baixa um arquivo da rede mundial de computadores. Claro, é muito prático você ter o disco que quiser na hora que quiser, mas a embalagem é tão legal, com encarte, letra, ficha técnica onde você vê quem compôs o que, quem tocou o que. As lojas de disco para mim são verdadeiros templos, não de consumo, mas de troca. Um dos pilares da minha formação em cultura musical foram as lojas de discos. Lembro-me das tardes que eu passava revirando prateleiras, conversando com o dono da loja sobre o disco que estava tocando no som, tendo verdadeiras aulas de história do rock com os clientes que eram habitués como eu e geralmente quarentões, cinqüentões e eu ali ávido por aprendizado. Não há internet que substitua esse rico intercâmbio cultural. E o prazer incomensurável de encontrar aquela raridade, aquele bootleg, aquela edição limitada, não há download que ative tamanha produção de dopamina (substância produzida pelo cérebro responsável pela sensação de recompensa, ela geralmente é liberada quando você come chocolate ou alguém). Mas pra melhor ou para pior as coisas mudam, e hoje se você não se contenta com a música intangível baixada da internet com seus ridículos 320kbps e quer algo com mais sustância, deve ir ou a uma livraria (como Saraiva, Travessa), ou uma loja de departamentos (Americanas, Fnac). Loja de discos (só de discos) pelo menos aqui no Rio ainda resistem bravamente a lendária e careira Modern Sound e a Satisfaciton, onde montei boa parte de minha cdteca e aprendi muito sobre rock dos anos sessenta e setenta, ambas em Copacabana. E que Deus as mantenha.
Novidade Repetida
Às vezes eu estou assistindo a um filme em DVD ou mesmo na TV, minha mãe passa pela sala e pergunta:- você já não viu esse filme mais de uma vez? Ou quando eu digo que fui ao cinema rever um filme que vi no mês anterior, perguntam: “pagou pra ver de novo?”
O que as pessoas parecem não entender é que a experiência de se assistir a um mesmo filme nunca é a mesma. A película que você viu hoje se for revista daqui a uma semana, um mês, um ano, pode te revelar algo a que você não estava atento quando viu da primeira vez, até porque quando vemos um filme pela primeira vez, estamos preocupados em entender o fio condutor da trama, em conhecer os personagens que são apresentados, não sobra tempo para reparar em pequenos detalhes que podem fazer muita diferença. Por exemplo, quando assisto a 2001 do Kubrick é como ouvir Sgt Pepper dos Beatles, sempre há algo que ou eu não vi, ou não tinha parado para refletir sobre. E olha que já foram, no barato, umas onze vezes, mas cá entre nós, para dizer que entendeu 2001, você deve assistir no mínimo três vezes. Quando assisti a Felicidade Não Se Compra do Frank Capra pela primeira vez, adorei, mas quando vi pela segunda, aquilo mexeu tanto comigo que cheguei a chorar de soluçar no final. O Sétimo Selo do Bergman é outro filme que a cada vez que vejo me apaixono mais. O ensaio sobre a prepotência humana realizado pelo sueco, sempre me traz um elemento que a mim se torna inédito por ter me escapado da última vez ou por ter sido interpretado de outra forma. Vamos usar até um exemplo mais pop, O Império Contra-Ataca, quinto (na ordem cronológica da saga e segundo na ordem de lançamento) episódio da saga Star Wars. Só quando assisti já mais velho, com meus vinte anos que saquei referências à filosofia budista no treinamento Jedi de Luke Skywalker, e, como na época eu estava frequentando budismo, aquilo teve muito mais significado pra mim do que quando eu assisti aos onze anos de idade. Agora acontece também algo extremamente desagradável que é você assistir a um filme que você adorava há um tempo, e descobrir que é uma bomba (principalmente aqueles que a gente adorava na infância, por ter menos senso crítico, mas não necessariamente infantis), mas pode acontecer algo engraçado como a podridão vista há alguns anos passar a ser vista como uma divertida pérola trash. Com isso, nunca subestime o ato de assistir a um filme repetido, ele pode parecer totalmente inédito.
O que as pessoas parecem não entender é que a experiência de se assistir a um mesmo filme nunca é a mesma. A película que você viu hoje se for revista daqui a uma semana, um mês, um ano, pode te revelar algo a que você não estava atento quando viu da primeira vez, até porque quando vemos um filme pela primeira vez, estamos preocupados em entender o fio condutor da trama, em conhecer os personagens que são apresentados, não sobra tempo para reparar em pequenos detalhes que podem fazer muita diferença. Por exemplo, quando assisto a 2001 do Kubrick é como ouvir Sgt Pepper dos Beatles, sempre há algo que ou eu não vi, ou não tinha parado para refletir sobre. E olha que já foram, no barato, umas onze vezes, mas cá entre nós, para dizer que entendeu 2001, você deve assistir no mínimo três vezes. Quando assisti a Felicidade Não Se Compra do Frank Capra pela primeira vez, adorei, mas quando vi pela segunda, aquilo mexeu tanto comigo que cheguei a chorar de soluçar no final. O Sétimo Selo do Bergman é outro filme que a cada vez que vejo me apaixono mais. O ensaio sobre a prepotência humana realizado pelo sueco, sempre me traz um elemento que a mim se torna inédito por ter me escapado da última vez ou por ter sido interpretado de outra forma. Vamos usar até um exemplo mais pop, O Império Contra-Ataca, quinto (na ordem cronológica da saga e segundo na ordem de lançamento) episódio da saga Star Wars. Só quando assisti já mais velho, com meus vinte anos que saquei referências à filosofia budista no treinamento Jedi de Luke Skywalker, e, como na época eu estava frequentando budismo, aquilo teve muito mais significado pra mim do que quando eu assisti aos onze anos de idade. Agora acontece também algo extremamente desagradável que é você assistir a um filme que você adorava há um tempo, e descobrir que é uma bomba (principalmente aqueles que a gente adorava na infância, por ter menos senso crítico, mas não necessariamente infantis), mas pode acontecer algo engraçado como a podridão vista há alguns anos passar a ser vista como uma divertida pérola trash. Com isso, nunca subestime o ato de assistir a um filme repetido, ele pode parecer totalmente inédito.
A Virgin Radio Uk saiu da web saiu do ar, não entendi bem por que, mas parece que a partir de janeiro, passou a vigorar a Virgin International e a Virgin UK ficou fora da rede, agora só pelo dial de lá. Na virgin international você tem a opção de regiões: pode-se ouvir a virgin do Canadá, França, Itália, Dubai, Tailândia e assim vai. Dando umaq conferida rápida constatei que em Dubai, também conhecida como a Paris do Oriente Médio, ouve-se os mesmos lixos pop oriundos da América do norte que inundam nossas rádios. A filial francesa corrobora a fama de orgulhosos de sua língua e cultura que são os franceses, de cinco músicas só ouvi uma em inglês. A canadense me decepcionou um pouco, hip hop, baba, rock adolescente, tudo muito banal. Para quem quiser ouvir algo bem semelhante à Virgin U.K. há um link para uma rádio genérica, a absolute radio
Thursday, June 04, 2009
FOFOCA
Por que fazemos fofoca? Por que gostamos tanto de ouvi-las? Por que temos essa curiosidade atávica pela vida alheia? A verdade é que a fofoca é na essência aquilo que nos faz humanos. Através dela nos certificamos de que somos todos iguais, temos os mesmos medos, as mesmas angústias, ansiedades, alegrias e tristeza dos nossos semelhantes. Conseguimos ver que, por exemplo, um artista milionário tem as mesmas dificuldades, sobretudo no campo emotivo, de uma pessoa menos abastada, que um artista famoso tem os mesmos problemas em seu relacionamento que um ilustre anônimo. Óbvio que algumas pessoas usam a fofoca com viés destrutivo, que pode causar sérios danos a terceiros, mas no geral, a função desse lazer preferido dos desocupados, síndicos de rua residencial e vizinhas faladeiras é trazer alento mostrando de somos todos diferentes, porém iguais
Sunday, May 03, 2009
GRATA SURPRESA
Um artista que nos regalou com obras primas como Highway 61 Revisited, Blonde On Blonde, Blood On The Tracks, Desire, não tem mais nada a provar, poderia inclusive estar aposentado com louvor por serviços prestados à música do século vinte, todavia o incansável senhor Robert Allen Zimmmerman, 67 anos, é inquieto, sua veia criativa lhe conferiu uma longevidade de dar inveja a muitos de seus contemporâneos que o ajudaram a revolucionar a música popular, mas hoje não têm muito (ou quase nada) a dizer. Três anos depois do aclamado Modern Times e sem nenhum alarde, Bob Dylan lança Together Through Life, um álbum de 11 faixas, 45 minutos, duração perfeita de um bom disco, sem excessos, faixas desnecessárias que foram colocadas ali só para esgotar os 79 minutos do cd, Dylan quis dar seu recado em pouco tempo, e fez bonito. Together... pode não ter a excelência do predecessor, mas sua qualidade é indubitável e desde já é um dos melhores discos do ano. É Bob Dylan autêntico, que não está nem aí para modismos e nem quer soar up to date, lá estão suas raízes, suas influências, o blues do Mississipi, o folk, o Woody Guthrie, o Hank Williams. Precisar não precisava, Bob, mas já que o presente veio, foi muito bem vindo.
Tuesday, April 21, 2009
Agora a indústria cinematográfica tem motivos para perder o sono de vez: com o vazamento da cópia de X men Origins-Wolverine, com efeitos especiais inacabados, mas qualidade de imagem decente, ficou provado como a tecnologia deixou o velho sistema de entretenimento vulnerável. Não é de hoje que é possível baixar álbuns inteiros (o que derrubou a indústria fonográfica) e filmes que acabaram de ser lançados, porém com qualidade sofrível, geralmente filmados da platéia. Agora, um filme inteiro, com boa qualidade de imagem um mês antes de seu lançamento é alarmante. Não vi a cópia, prefiro ver no cinema, com os efeitos especiais como devem ser vistos, mas muita gente prefere a comodidade à qualidade e é esse o público que a indústria perde para a internet e para o piratão de 5 real. Um público que prescinde da magia de adentrar uma sala de exibição e ser transportado para outro mundo, para eles basta um clique no mouse e tá ótimo. Certamente haverá prejuízo, tomemos como exemplo o maior fenômeno de pirataria do Brasil, o filme Tropa de elite de 2007: três meses antes de seu lançamento uma cópia pirata de qualidade quase perfeita circulava nos camelôs do Rio de Janeiro (o filme foi sucesso no país inteiro, mas foi fenômeno mesmo no Rio). A bilheteria foi boa, foram dois milhões de espectadores, mas o filme tinha potencial para mais, pelo menos duas vezes isso. Calcula-se que onze milhões de brasileiros assistiram ao filme em DVD pirata. Enquanto isso a indústria faz de tudo para convencer as pessoas de que cinema é a maior diversão, com salas com projeção digital, filmes em 3D (o número de lançamentos no formato não pára de crescer, sobretudo na área da animação) e lançamentos em DVD não muito posteriores à passagem pelo cinema, mas lutar contra piratas não é fácil, de nada adianta prender os donos do Pirate Bay se a cada momento surgem dezenas de novos sites onde se é possível baixar filmes.
Friday, April 17, 2009
Não é propaganda não (não tô levando nenhum por fora), mas a sorveteria Amarena que abriu em Copacabana na rua Barata Ribeiro, ao lado da Modern Sound, é sensacional! Os sorvetes são artesanais, de fabricação italiana e para que toma sorvete até no frio como eu, é obrigatório. Séria candidata a melhor sorveteria do Rio
Não é a primeira vez que eu coloco uma letra de música do canadense Leonard Cohen. O poeta trovador que despontou no final da década de sessenta fala como ninguém sobre o mais contraditório dos sentimentos humanos. There ain't no cure for love, música do álbum I'm Your Man traduz isso perfeitamente
There Ain't No Cure For Love
I loved you for a long, long time
I know this love is real
It dont matter how it all went wrong
That dont change the way I feel
And I cant believe that times
Gonna heal this wound Im speaking of
There aint no cure,
There aint no cure,
There aint no cure for love.
Im aching for you baby
I cant pretend Im not
I need to see you naked
In your body and your thought
Ive got you like a habit
And Ill never get enough
There aint no cure,
There aint no cure,
There aint no cure for love
There aint no cure for love
There aint no cure for love
All the rocket ships are climbing through the sky
The holy books are open wide
The doctors working day and night
But theyll never ever find that cure for love
There aint no drink no drug
(ah tell them, angels)
Theres nothing pure enough to be a cure for love
I see you in the subwayand
I see you on the bus
I see you lying down with me,
I see you waking up
I see your hand, I see your hair
Your bracelets and your brush
And I call to you, I call to you
But I dont call soft enough
There aint no cure,
There aint no cure,
There aint no cure for love
I walked into this empty church I had no place else to go
When the sweetest voice I ever heard, whispered to my soul
I dont need to be forgiven for loving you so much
Its written in the scriptures
Its written there in blood
I even heard the angels declare it from above
There aint no cure,
There aint no cure,
There aint no cure for love
There aint no cure for love
There aint no cure for love
All the rocket ships are climbing through the sky
The holy books are open wide
The doctors working day and night
But theyll never ever find that cure,
That cure for love
Beatles
Serão lançados em setembro todos os discos dos Beatles com remasterização e encartes novos. Esses encartes trarão os textos e fotos originais do lançamento em vinil além de outras informações. Serão ao todo 14 discos (os dois volumes de Past Masters serão reunidos em um só disco) que poderão ser adquiridos em separado ou em um Box de luxo com toda a coleção. Pensando nos colecionadores será lançada ainda uma caixa com todos os 14 discos em mono. Particularmente espero que essa remasterização seja satisfatória, pois o catálogo vigente (que já tem vinte anos) não prima pela fidelidade, e olha que quem cuidou do trabalho foi o próprio produtor dos fab four George Martin. É torcer para que tenham feito com os Beatles o trabalho impecável de restauração que fizeram com os álbuns Stones no relançamento do catálogo da fase anos 60 da banda. Ainda sobre o quarteto de Liverpool, será lançado o game Rock Band com o repertório da banda, haverá inclusive uma versão especial que trará no pacote os instrumentos para os jogadores que serão as réplicas dos originais usados pelo quarteto como o baixo Hoffner de Sir Paul McCartney e o conjunto Ludwig de bateria. O kit sairá a 250 doletas lá fora, uma merreca para quem é fã ardoroso.
Subscribe to:
Posts (Atom)